sexta-feira, 28 de maio de 2010

DE ALMA ABERTA


Conversar com bandas é uma faca sempre de oito gumes. Muitas vezes a espera de tempo faz a ansiedade ser ruminada dentro de pequenas notas de desespero velado. Outras a sensação de que alguma coisa que você fez está completamente equivocada é tão iminente que chega a ser palpável, uma chaga aberta dentro de seu peito. Não existe uma lógica, muito menos uma receita amplificada que funcione de A até o Z.
O que torna tudo muito mais divertido, afinal de contas conversas provêm de bocas infinitas e cheias de espírito e isso, além de transformar fonética em idéias, faz de qualquer ouvinte ou locutor algo muito maior. E isso quem lhes escreve é alguém que não possui quase nenhum traquejo social.
Mas quando as contrações dentro de um universo em expansão (que diminui seus espaços territoriais a cada dia) se igualam, um encontro pode proporcionar as melhores sensações possíveis. Essa tônica foi constante durante todo o processo da entrevista com a banda do Texas, FATE LIONS. Os meninos americanos cheios de poesia e acordes que são de beleza ímpar proporcionaram toneladas de coisas boas. E a impressão que se tem quando as respostas chegaram é de que já conhecíamos a banda a milhares de anos. Tanto assim que se você perguntar para esse sacripanta escritor quando eu ouvi a banda pela primeira vez, eu não saberei responder. Pois as canções do Fate Lions parecem ter nascido comigo, simplesmente estavam lá. Acordes aguardando serem descobertos para recobrirem seu peito com calma e beleza, e vamos e venhamos não é necessário mais nada.
Nessas linhas além da aula sobre rock proporcionada pelo guitarrista e vocalista Jason Manriquez, você vai poder entender o significado da palavra real. Uma paixão pela música e coerência em saber exatamente qual o papel da banda em um mundo que está ficando cada vez menor, tudo isso sem um pingo de egolatria. Uma banda que faz seu caminho e abre entrecantos dentro de um universo globalizado. Enquanto muita gente luta por um holofote mais forte, os Fate Lions estão aí com uma alma e coração cheios de notas musicais. Aliás, os nossos grandes produtores de shows iriam acertar em cheio trazendo a banda para o Brasil, afinal de contas não é sempre que uma entrevista é cheia de respostas brilhantes e com um senso irreparável de alma.......

Toda vez que eu vejo suas mensagens no Twitter, a primeira coisa que eu penso é que vocês gostam do bom rock and roll. Bandas como The Replacements, Alex Chilton, Yo La Tengo, Big Star e outras sempre aparece nas suas mensagens. Como elas influenciaram seu som?

Sim, em todos os aspectos.
Niki (Niki Saukam, guitarrista) e eu começamos a tocar juntos, em parte por causa de nossa admiração pelo Big Star. Paul Westerberg e The Replacements, Teenage Fanclub, The Posies, Superdrag, Trash Can Sinatras são influências e todos têm defendido Big Star em algum grau. Então, realmente com exceção dos Beatles eu não posso pensar em qualquer outra banda além do Big Star que teve uma influência tão profunda. The Smiths também foram muito importantes. Para muitas pessoas ao atravessar a adolescência, The Smiths e Morrissey são uma espécie de revelação. Um profundo sentido de descobrir algum segredo do mundo que você pode reivindicar a adesão.
Como alguém pode resistir ao jogo de palavras e bravatas? O melodrama na fronteira com o acampamento. É realmente o pacote completo.
Perfeito quando você adentra no estilo de guitarra incrível de Johnny Marr.

Yo La Tengo
, eu descobri mais tarde.
Eles eram como o Sonic Youth para mim. Míticos...
Eu sempre tinha ouvido falar deles por diferentes pessoas.
Pessoas que eu admirava e a música não me decepcionou.
Todas estas bandas tinham estilos muito diferentes e formas de apresentação singulares. As estruturas variadas e canções soavam diferentes, mas a sua vibração tinha um clima que ressoava no tecido conjuntivo entre a mente e o coração. Dessa forma, eles sempre representaram uma frente unida no meu pensamento com sua música.
Lembro-me de ser uma criança muito jovem e ouvir a coleção de discos dos meus pais. The Carpenters realmente ficou preso dentro da minha cabeça. Aos cinco anos de idade eu já estava tentando entender um mundo de saudade e mágoa. Não sentir como se encaixam mesmo tendo tanto, me deixava perdido e vazio. Mas ainda assim com toda a tristeza, havia essa condução e desejo incontornável para encontrar algo de bom e bonito. Então, nossas influências clássicas realmente empurraram-nos para tentar recapturar o sentimento que temos quando ouvimos à eles. Eu acho que nós nunca imaginamos que poderíamos nos aproximar do nível de habilidade ou talento dessas bandas. É apenas um esforço para capturar algo parecido com o humor que eles compartilhavam em sua própria música e tentar passar isso para alguém disposto a ouvir a nossa música.

Ainda sobre o Twitter.
A conta de vocês no site é bem ativa. Vocês estão sempre postando algo sobre a banda ou sobre outras pessoas. Você acredita que o futuro da música (como forma de arte ou de negócios) está na internet?

Não só o futuro da música está profundamente entrelaçado com a internet de muitas formas, mas na verdade o presente, o agora da música está sendo sustentado por ela. Todas as músicas produzidas hoje que mais importam para mim, são propagadas pela web.
Como um artista poderia ter sua música apreciada por pessoas tão distantes fisicamente???
É realmente surpreendente.
Como tudo que explode em vida e se desenvolve em um ritmo tão rápido, há uma série de inconvenientes e problemas. Há um número ainda maior de bandas e artistas lutando para serem ouvidas pelo mesmo pool de ouvintes. Mas, na minha opinião, é assim que vale à pena. Criar alguma coisa em música tem muito com fazer chegar às pessoas. Se não for compartilhado, é como uma pequena chama que rapidamente irá extinguir-se da existência. Mas quando você divide com outros, eles tem a oportunidade de acender um fogo muito maior. Uma chama que vai continuar enquanto ele é compartilhado. A internet faz com que certamente isso fique mais fácil. As imagens são muito agradáveis.


Como você vê o download gratuito de música na web. Ele mata ou eleva espíritos com os sons novos?

Essa é uma pergunta complicada. Para muitos artistas ainda é uma luta chegar a um acordo quando o assunto é oferecer suas músicas. Realmente isso já está acontecendo, mesmo que eles não queiram aceitar.
A
s vezes é porque eles se agarram ao ideal. Que sua música deveria ser um empreendimento auto-sustentável. Isso é grandioso. Isso ainda acontece em certa medida, para muitas pessoas. Mas a idéia de que você pode ser um rock star, vender discos e dar-se ao luxo de viver uma vida rica é uma mentira.
Não vale nem a pena perseguir esse propósito. O verdadeiro objetivo deve ser o dom da vida eterna através de sua música. Eu quero viver para sempre nos corações das pessoas que se conectam com a minha música.
Espero poder ver alguma parte deste presente antes de eu deixar esta vida. Em muitos aspectos, eu comecei a sentir os benefícios dessa experiência coletiva. Assim, com este objetivo firme em minha mente eu fico muito confortável em oferecer downloads ou qualquer outra coisa para as pessoas. Especialmente as que poderiam não ter outra maneira de ouvir a música.
Por que não ia querer que eles não tivessem?
Estou muito lisonjeado por ver que as pessoas tomam seu tempo para nos ver. Ainda mais quando eles compartilham-nos com os seus amigos e amantes.

Muitos pais gostam da nossa música também e isso é muito bom.




Quando vocês se conheceram e como foi o começo da banda?

Fate Lions começou porque eu tinha algumas idéias de músicas, principalmente um monte de letras e um desejo de sair e tocar para as pessoas. Eu queria ter a diversão que eu estava vendo outras bandas. Queria contato com as pessoas em um nível de espiritualidade quase tribal e fazer o rock and roll acontecer. No início havia um ruído muito forte e tocávamos os instrumentos desnecessariamente alto.
Mas finalmente começamos a encontrar um ritmo.
Niki e eu somos os únicos dois Fate Lions originais ainda no grupo. Eu vou continuar fazendo isso enquanto eu puder ou até Niki decidir que ele precisa fazer outra coisa.
Depois disso vou começar outra banda e encontrar novas maneiras de me conectar. Fazer música para todas as coisas tolas que as pessoas em minhas músicas dizem e fazem. A banda começou através de um par de xícaras de café. Niki foi baterista em uma banda shoegaze chamada Snowdonnas. Eu sabia que ele tocava guitarra e incitei a idéia dele tentar escrever canções como Big Star e Guided By Voices, outra influência compartilhada. O nosso atual baterista, Josh Hoover estava com uma banda chamada The Chemistry Set, quando o convidei para tocar bateria no disco quando fomos para o estúdio. Que gradualmente se transformou em nossa formação nos shows.
Nosso baixista, Tony Ferraro, tinha sua própria banda chamada Eaton Lake Tonics. Ele perguntou se poderia tocar baixo com a gente. Ele já era um dos meus favoritos artistas locais e estava muito animado com a idéia dele estar na banda. O nosso membro mais recente é Drew Gabbert. Ele é um talentoso multi-instrumentista.
Nossos shows agora são muito energéticos e cheios de vida, assim que as estrelas alinharam-se.


Em uma cena no filme dos Ramones (End Of The Century), Legs McNeil diz que todas as canções deles são puro pop americano. E em todas as músicas de Fate Lions, há uma forte impressão de rock americano poderoso. Vocês se consideram uma banda americana de rock clássica, indie rockers, power pop, ou não há adjetivo para a música?

Qualquer tipo de rótulo, em última análise, derrota. Faz você imediatamente atraente para um grupo, enquanto ao mesmo tempo alienante para outra que possa amar a sua música.
Mas os rótulos são muito necessários, especialmente na internet onde você tem que se definir por gênero em partes para encaixar a sua música em sites como MySpace e Facebook. Eu sempre achei difícil escolher apenas uma definição. Em muitos aspectos, somos todas as coisas que você descreve na sua pergunta.
Mas também muito diferentes. E realmente eu estou bem confortável com isso. Porque eu sei que o que sai é real e genuíno.
Eu quero ser rock, mas eu só posso ser eu. Estamos ficando mais velhos e nossas influências são um acúmulo contínuo de experiências musicais e isso nos faz rock clássico. Quem não ama os Stones?
Somos indie do ponto de vista de nosso comportamento de prático e auto-suficiente. Eu não uso jeans apertado ou qualquer coisa tão assim que colocaria a banda na moda indie, como é entendido por muitos. Power pop é um apelido muito divertido e nós muitas vezes usamos para descrever o nosso som em geral. É mais inocente e menos abertamente macho do que simplesmente rock and roll.
Mas não estamos exatamente saltitando de alegria o suficiente para manter uma adesão estrita ao clube power pop.

Quem são suas bandas favoritas hoje em dia?

Estou apaixonado por Besnard Lakes agora.
Seu mais recente álbum é incrível e eu os vi aqui em Dallas,
fiquei encantado. The Flaming Lips é uma banda incrível, tanto musicalmente e como pessoas.
Eu realmente gostei do The National. Qualquer coisa Dan Bejar faz é ouro em minha mente.
Spoon, The Whigs, School of Seven Bells e RTB2. Deertick tem um som ótimo, como os M's. Jens Lekman e Deerhoof.
Eu acho que os The Antlers têm algumas das maiores letras.
Belle and Sebastian.
Quasi é uma banda grande.
Estou realmente gostando muito de Dean Wareham e todos os projetos que ele faz parte.
Ahh e a lista continua e continua......
Eu tenho certeza que estou esquecendo um monte de gente. Eu nunca sei quem será o próximo. Essa é outra grande vantagem sobre a internet. Descobrir o que as pessoas estão falando e verificar por mim mesmo se essa música é para mim ou não. Eu também gosto muito de gravações antigas, alguns dos artistas e performers que já não estão conosco. Pessoas como Townes Van Zandt, Patsy Cline, Skeeter Davis. Eu também gosto do estilo suave de Françoise Hardy.




Existem muitas cores belas em canções como Our Song e Shinning Places, por exemplo. Como se essas músicas são capazes de tirar sorrisos de pessoas com raiva, mesmo que as letras sejam fortes. Há uma necessidade de estar feliz para escrever canções como essas e de mau humor para fazer uma música triste? Como isso funciona?

Já ouvi falar de compositores que estão completamente no clima da música quando a escrevem. Isso parece uma perspectiva muito interessante e igualmente assustadora para mim. Como todos nós eu fui tocado pela tristeza e momentos de depressão intensa.
Mas mais do que sentir a impotência de não poder ajudar um amigo ou um ente querido quando eles estavam se sentindo desesperados. Então, para mim é um processo muito mais compreensivo. Quando eu estou bravo ou triste, estou muito ocupado tentando mudar o que está errado ou consertar o que está quebrado e posso não ter a oportunidade de sentar e escrever. Mas é na tentativa de me entender e aos outros, assim como através da observação e da reflexão que eu tenho o que costumo chamar de material-origem para as canções.
Então é sempre uma luta sobre como colocar no papel tudo isso. Você sempre quer que as palavras soem bem juntas. Elas precisam aumentar a qualidade musical da canção e melodia, mas também para evocar a imaginação e o humor que eu quero comunicar. Alguns dos meus compositores favoritos fazem isso parecer tão fácil.
Mas acho que todos trabalharam duro na canção em algum ponto durante a composição. Costumo gastar muito tempo pensando em como deliberada e evidente uma letra tem de ser.

-Será que é só eu chegar e dizer exatamente o que eu quero dizer?
-Devo ser mais direto?

Com sentimentos mais difíceis e quando as emoções são muito pessoais, é mais fácil ser mais enigmático e simbólico. Isso pode ser defensivo quando estou prestes a compartilhar algo muito pessoal com uma sala cheia de pessoas que podem pensar que eu sou a desculpa mais ridícula para um ser humano que já viram.
Mas, se eu posso retirar esse conflito da equação, bom, isso é muito estimulante. Estou constantemente lembrando o fato de que uma vez que a canção é escrita, e outras pessoas a possuem, a música e seu significado mais profundo é agora único para cada pessoa.
A canção de Dylan "Belongs to Me" significa algo para mim que é completamente separada e distinta do que poderia significar para você ou até mesmo próprio Dylan. Eu imagino que seja como uma refeição ou mesmo uma pintura. Nós podemos concordar com aquilo que acho que todos estão vendo e experimentando, os sabores e cores. Mas realmente só podemos ter certeza de que nós mesmos estamos experimentando. Mesmo que certeza pessoal é por vezes discutível. Acho que é mais fácil escrever com um pequeno começo de melodia já em minha cabeça. O fluxo de palavras e imagens e quão bem elas aderem ou alteraram-se a partir da melodia, é que ditam tudo.
Se em algum momento isso para de ser uma sensação boa eu paro e começo com outra coisa.



Aqui no Brasil estamos vivendo a expectativa de grandes festivais no segundo semestre do ano. Você acha que é melhor tocar em grandes palcos?


Pode ser uma exposição maravilhosa com a oportunidade de alcançar um público maior. Mas você também divide o tempo do festival com várias outras bandas.
Isso pode diminuir o foco das pessoas. Mas é uma coisa maravilhosa estar rodeado por tantas pessoas querendo e sentindo algo próximo de uma experiência hiper-telepática. Todo mundo está com a cabeça em sincronia com os mesmos sons. As pessoas deveriam viver essa experiência pelo menos uma vez na vida, se não mais. Mas esses mesmos pensamentos podem ser aplicados a pequenos shows.
As bandas só têm de trabalhar mais para fazer com que todas as pessoas sintam isso tudo.



A banda já apareceu em lista de um blog brasileiro (Power Pop List), dos 100 melhores álbuns e EP's de 2009. Como também em sites europeus. É claro que vocês tem tocado os corações do povo de cada país. A música de todos esses lugares influencia o som da banda?


É mais fácil com a internet descobrir músicas destes lugares. Seu site tem sido fundamental para me expor aos artistas brasileiros. Eu nem sempre compreendo tudo, mas eu tenho um conhecimento básico de francês e espanhol e tento aplicar sempre, leio blogs da Itália ou do Brasil. Espero que muitas outras bandas destes lugares diferentes entrem em contato conosco e compartilhem sua música. Estou sempre com fome de novidades.
O mundo está ficando cada vez menor.
Esta poderia ser uma vantagem.




Há muita poesia nas letras das canções. Quem você gosta de ler?



Meu gosto tem variado ao longo dos anos. Quando eu era muito jovem meu pai era muito insistente para que eu lesse Dickens e Twain. Na época era difícil e não muito divertido. Mas agora eles são alguns dos meus livros favoritos, especialmente Twain. Seu senso de humor é muito americano. Rude e engraçado. Mas ele realmente entendia a tristeza e luta. Ler Wilde foi um pré-requisito para qualquer fã de Smiths. Eu gosto do que tenho lido até agora de Roberto Bolaño. Eu adoro as histórias de fantasia de HP Lovecraft, Robert E Howard.
Jonathan Carroll é infinitamente inventivo e um prazer de ler. Eu adoro ler biografias musicais. É emocionante e comovente saber sobre a aprendizagem dos seus artistas favoritos. O livro tem apenas que só tem que despertar meu interesse.
Eu leio muito sobre a filosofia e a religião também.



Novamente, as letras. Quando lemos as palavras como: "He's always alone in dance halls he's lining his eyes in pencil he's given his heart away just answering the phone" ("Ele está sempre sozinho em salões de dança, está alinhando seus olhos com lápis, ele deu seu coração apenas atendendo o telefone" (The Queen Himself)) ou"Living on the edge but needing answers I've got your picture on the wall above the phone in case you call too much rope I slip and tumble other voice s other rooms stay the tide from hidden moons" ("Vivendo no limite, mas necessitando de respostas, eu tenho a sua foto na parede acima do telefone no caso de você achar que é corda demais e eu escorregar e cair. Outras vozes outras salas, podemos suspender a maré na lua escondida "(Our Song)), podemos realmente ver um monte de imagens dos lugares e das pessoas. Você acha que as músicas são feitas para levá-lo a todos esses outros lugares ou tem a ver com despertar sentimentos com imagens?



Acho que ambos. Para levar o ouvinte ao lugar onde você está no coração da música e também para despertar essas sensações e emoções. Eu sempre disse meio brincando que o meu único e verdadeiro objetivo é fazer alguém chorar e sorrir ao mesmo tempo. Tenho sido levado pela música desta forma, a sensação quando o seu coração parece que vai te levantar do chão ou simplesmente rasgar livre de seu peito. A música é mágica. É a minha religião. Não há outra maneira de explicar o êxtase dela.


Quando é que vocês vêm tocar aqui no Brasil? Algum plano?

Nós gostaríamos de tocar no Brasil. Falamos do seu país e Espanha o tempo todo. Somos totalmente auto financiados, por isso vai depender apenas das passagens aéreas.
Mas talvez no próximo ano.
Depende de obter todos os detalhes e acertá-los. Vou ter que descobrir com você onde são os bons lugares para tocar e como é para locomover-se de um lugar para outro. Seria muito emocionante. Continuem compartilhando nossa música e isso fará nossa ida mais real.
Mas por agora, não deve ser antes disso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário