tag:blogger.com,1999:blog-15260465375192800182024-03-13T12:45:22.099-07:00ENTREVISTASFabio Navarrohttp://www.blogger.com/profile/02038549309621259404noreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-1526046537519280018.post-16533121445344538782011-02-09T17:26:00.000-08:002011-02-09T17:26:05.981-08:00A CULTURA DA MOBILIZAÇÃO.....<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2wJAFjLe1vWu15t-uiQbGxygbhBoQLc7KJa8wsoJhjcZIW6rMXmZdMFwTiE1eyrt9J_FenyHWdvKd9ry-EcImeoELLMSn3nffcug1wylp0G-j56cUIoDG2iXMpVnA2bGbXBlB6fHZtj8/s1600/Captura+de+tela+inteira+09022011+214046.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="336" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2wJAFjLe1vWu15t-uiQbGxygbhBoQLc7KJa8wsoJhjcZIW6rMXmZdMFwTiE1eyrt9J_FenyHWdvKd9ry-EcImeoELLMSn3nffcug1wylp0G-j56cUIoDG2iXMpVnA2bGbXBlB6fHZtj8/s640/Captura+de+tela+inteira+09022011+214046.jpg" width="640" /></a></div><br />
O decorrer dos fatos atuais no Egito deixou claro uma coisa:<br />
Mobilizações populares ainda são a melhor maneira de promover mudanças, sejam elas individuais ou territoriais. A máxima onda de dna pulsante dentro do globo pode trazer benefícios, quando o bem pretendido é nobre. Nada de movimentos classistas onde uma minoria grita por mudanças em seu próprio bolso.<br />
Mas sim uma centelha que promove deslocamentos tectônicos, em idéias que fazem diferença.<br />
<br />
Vivemos dentro de um mundo binário colaborativo (por mais que ainda a velha retórica teime em pulsar), onde não cabe mais o isolamento retornável. Idéias geram mudanças e para que elas aconteçam é necessário mobilizações grupais. Os sites que promovem o chamado <i>crowdfunding</i> (arrecadação de recursos finaceiros provenientes do consumidor final, para catapultar projetos culturais), tem uma vocação revolucionária de massa em sua genética.<br />
<br />
O visitante do site escolhe o projeto que mais move seus ventrículos e contribui com uma quantia em dinheiro. O valor do investimento é retribuído com uma recompensa que varia de projeto para projeto. Está então formada uma rede de tráfico cultural potente. O consumidor tem acesso ao conteúdo e ainda por cima pode escolher aquilo que gostaria de ver, ouvir ou ter. Fica a idéia de que a mobilização de massas é poderosamente produtora de sinapses de arte pura, sem intermediários. O artista em contato direto com o consumidor.<br />
<br />
Aqui no Brasil uma inciativa pioneira partiu de três cabeças pensantes.<b> Diego Reeberg</b>, <b>Luís Otávio Felipe Ribeiro</b> e <b>Daniel Weinmann</b>. A confraria colaborativa chamada <a href="http://catarse.me/">CATARSE</a> é a plataforma de crowdfunding brasileira, que inicia 2011 com ambições cada vez maiores e números que dissolvem qualquer tentativa de pessimismo quanto a relevância e sucesso do site. Em três semanas 15 mil visitantes, mais de 1000 pessoas cadastradas e um total de R$ 10.000,00 investidos em idéias mobilizadoras, que vão desde peças teatrais de dança até um projeto sobre sustentabilidade.<br />
<br />
O GD conversou com <b>Luis</b> e <b>Diego</b>, os dois cavaleiros de Jorge que estão lutando para que a cultura possa ser algo de fácil acesso e cada vez menos elitizada.<br />
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<br />
<b>Como surgiu a idéia de um projeto do tipo crowdfunding inteiramente nacional?</b><br />
<br />
Na verdade são dois lados da história. O meu e do Luís, a idéia veio depois que a gente resolveu procurar modelos de negócios interessantes fora do Brasil, pois queríamos empreender em algo. Aí a gente conheceu o <b>Kickstarter</b>, site norte-americano que foi um dos pioneiros em crowdfunding. A gente ficou encantado pelo modelo, pois tinha tudo a ver sobre com a forma que pensavamos que um negócio deveria ter: colaborativo, conectado às mídias sociais, promover mudanças na sociedade.<br />
<br />
Do lado do pessoal da<b> Softa</b> (empresa de Porto Alegre que também é sócia no <b>Catarse</b>), a ideia veio do <b>Daniel Weinmann</b>. Ele é músico, dançarino de tango e, pra ele, a idéia surgiu como uma necessidade de financiar seus próprios projetos. Só depois ele veio a conhecer o <b>Kickstarter</b>.<br />
<br />
Nos dois lados, a gente viu que no Brasil era necessário uma iniciativa como essa, pois vimos que muitos bons projetos não conseguiam obter financiamento e ficavam engavetados por isso. Como uma parte importante do processo é a curadoria, sabíamos que os sites estrangeiros não conseguiriam atuar no Brasil sem uma equipe própria. Achamos melhor começar isso então nós mesmos, com uma plataforma que fosse do jeito que quiséssemos.<br />
<br />
Nosso maior exemplo é o <b>Kickstarter</b>, principalmente por causa do alto nível dos projetos que pareciam por lá. Mas também estudamos outros sites para entender os prós e contra do modelo. O <b>Sellaband</b>, primeiro plataforma de crowdfunding, que surgiu na Holanda e teve a música como seu foco também foi outra inspiração. O <b>Ulule</b> e o <b>Fundbreak</b> (que mudou seu nome agora para <b>Pozible</b>) também foram boas inspirações. <br />
<br />
<b>O projeto Catarse, dentro do seu tumblr, está constantemente colocando no ar notícias sobre outros sites do gênero. O projeto brasileiro mantém uma network com algum desses fora do país? Existe alguma idéia nesse sentido?</b><br />
<br />
A gente teve contato com os responsáveis pelo <b>Ulule</b>, que foram sempre atenciosos. Mas, na verdade, nosso principal contato fora do Brasil é com o <b>Gijsbert Koren</b> , principal responsável pelo blog <b>Smarter Money</b>, que trata basicamente de crowdfunding, e um dos empreendedores por trás do <b>CrowdAboutNow</b>, plataforma de crowdfunding sediada na Holanda com foco em financiamento de empresas.<br />
<br />
<b>O público brasileiro que consome cultura já entende a idéia da Catarse? A receptividade está em que nível?</b><br />
<br />
Na verdade a gente acha que ainda pouca gente conhece a idéia, mas a receptividade de quem já conheceu é muito grande. É normal haver dúvidas “E quem garante que o projeto vai ser executado? E se não me entregarem a recompensa? E se o dinheiro levantado não for suficiente?”, mas acho que ao compreenderem melhor o modelo – e a gente está mais do que disposto a responder essas dúvidas – o crowdfunding se consolidará em diversos meios.<br />
Em pouco mais de 3 semanas desde que o <b>Catarse</b> está no ar já temos mais de 15 mil visitantes únicos, mais de 1000 pessoas cadastradas no site e 10 mil reais investidos nos projetos, acreditamos que são ótimos números para um site – e um modelo – iniciante.<br />
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<iframe frameborder="0" height="338" src="http://player.vimeo.com/video/18830247" width="601"></iframe><br />
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<b>Como vocês selecionam os trabalhos que serão colocados no site?</b><br />
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Primeiramente observamos se a ideia por trás do projeto bate com o mínimo de qualidade que queremos para o site. Não precisa ser algo inteiramente novo, mas tem que ter algum que de diferente, fora do comum, até meio louco (num bom sentido). Aqui o critério é mais subjetivo, lógico, mas acreditamos que seja importante para as pessoas que forem conhecendo o <b>Catarse</b> aos poucos saberem qual será o estilo de projetos que entrarão no nosso site, qual é a nossa cara.<br />
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A gente também olha que tipos de trabalho o dono do projeto já realizou. O ponto é conhecer, ao menos brevemente, o histórico dele e tentar entender se ele é uma pessoa apta a executar aquele projeto caso seja financiado.<br />
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Depois disso, a gente vai olhar o projeto em 4 aspectos: vídeo do projeto, descrição, recompensas e valor mínimo. Aqui a gente vai usar nossa experiência em ter acompanhado o que acontece no mundo em termos de crowdfunding nos últimos 10 meses para ajudar as pessoas a mandarem um projeto que tenha uma ótima qualidade e seja atrativo para o público. Caso o projeto não se enquadre no que consideramos como o mínimo aceitável para o<b> Catarse</b> e não se predisponha a realizar as alterações, ele não será postado no site. Na verdade, esse é um processo que usamos com o objetivo de aumentar a chance do projeto ser financiado com sucesso.<br />
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<b>Você acredita que é possível o público brasileiro pagar por esse tipo de experiência ou ainda vivemos em um país que as pessoas estão apenas dispostas ao que é de graça?</b><br />
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Tenho certeza de que estão dispostas. O fato de as pessoas que apoiarem os projetos ganharem alguma recompensa, algum mimo, por isso, diminui a barreira para contribuir. Não estamos falando sobre doação, o que talvez seria mais difícil de pegar no Brasil, mas é algo que consideramos estar entre o mecenato e o comércio. Acreditamos que esse ponto é fundamental para o modelo ter sentido no nosso país.<br />
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<iframe frameborder="0" height="450" src="http://player.vimeo.com/video/18868465" width="600"></iframe><br />
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<b>Como vocês veêm o mercado de produção de conteúdo nacional? Projetos como a Catarse são a resposta à uma lei como a Rouanet, que por muitas vezes coloca em xeque a honestidade do sistema???</b><br />
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A gente tem uma crença muito forte de que tem muito projeto bom que ou não se adequa à lei ou não quer enfrentar toda a burocracia. Existem também muitos projetos de pequeno porte que precisam de agilidade e flexibilidade para procurar financiamento. A burocracia é um ponto importante. Se um projeto é enviado para nós e passa pela nossa triagem inicial em todos os pontos, autorizamos ele a entrar no site e começar a levantar o dinheiro em no máximo 2 dias (considerando finais de semana e feriados!).<br />
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E, lógico, quanto à honestidade do sistema, a gente acredita que o crowdfunding seja a maneira mais transparente de se financiar um projeto. O criador e seus apoiadores podem ter um diálogo aberto, direto, sem intermediários. Se o criador do projeto não for transparente, dificilmente ele captará aquilo que precisa. É um sistema que premia essas atitudes: honestidade e transparência.<br />
<br />
<b> Um projeto como o de vocês realmente coloca nas mãos da população o poder de escolher o quer consumir no quesito cultura, vocês não se preocupam de alguma maneira com a diminuição da qualidade pelo apelo popularesco que a sociedade brasileira tem quando o assunto é cultura para grandes massas???</b><br />
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Não. Primeiro porque a grande maioria dos projetos é de nicho – e é a rede de relacionamentos existente nesse próprio nicho que apoiará a maior parte do valor que o projeto necessita.<br />
Outro ponto é que a gente acredita que o site é uma grande vitrine dinâmica aonde as pessoas possam conhecer mais trabalhos artísticos diferentes e se interessar por eles. Na verdade, acreditamos no contrário do que propõe a pergunta, acreditamos em um processo de educação executado pelo Catarse onde cada vez mais a cultura será percebida com algo de maior valor.<br />
<br />
<b>Quem decide o sistema de recompensas para as pessoas que investem nos projetos e se existe um direcionamento para essas recompensas, feito pelo site, para que o interesse aumente?</b><br />
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As recompensas são decididas pelos próprios criadores do projeto, já que geralmente estão atreladas ao próprio resultado final da execução - que eles conhecem muito mais a fundo que nós. Além disso, podem ser muito pessoais, envolvendo habilidades do próprio criador para retribuir o incentivo de seus apoiadores. Apesar disso, nós ainda ajudamos muito os criadores a pensar não só nas recompensas em si, mas também em como descrevê-las, já que isso é parte fundamental para chamar a atenção das pessoas. Um dos grandes diferenciais desse modelo são as recompensas, não é uma doação é uma troca de valor.<br />
<br />
<b>Vocês acreditam que sites como o Catarse serão os futuros catalizadores na distribuição de cultura dentro dos países e aqui no Brasil. É possível que à partir de uma idéia como a de vocês, exista uma discussão de como a cultura deva ser difundida dentro do Brasil, para que todos tenham acesso?</b><br />
<br />
Acreditamos sim, e isso porque o modelo tem tudo a ver com a sociedade que enxergamos para o futuro: colaborativa, interconectada, pautada na economia criativa. Também acreditamos que surgirão plataformas de nicho para permear todas as possibilidades relacionadas à cultura, como por exemplo é a iniciativa do <b>Queremos</b> (<a href="http://www.queremos.com.br/">www.queremos.com.br</a>), focado em trazer e produzir eventos culturais a partir do financiamento colaborativo.<br />
E não é só possível, como necessário que haja essa discussão sobre a difusão da cultura, mas o momento será um pouco mais pra frente, quando o modelo já tiver um mais bem estabelecido, encorpado, e disseminado na sociedade. Acho que dessa forma a possibilidade de mobilizar e gerar uma mudança será maior.<br />
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<iframe frameborder="0" height="338" src="http://player.vimeo.com/video/18827390" width="601"></iframe><br />
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<b>A Catarse possui alguns projetos interessantíssimos, como por exemplo sobre sustentabilidade feito pela jornalista Natália Garcia. Vocês acreditam que não apenas discos e livros podem ser causadores de grandes mobilizações de crowdfunding, mas também projetos sociais?</b><br />
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Com certeza. Quando a gente fala em projetos criativos, estamos conversando sobre um mundo de possibilidades. Milhares de projetos sociais com ideias fantásticas estão espalhadas pelo Brasil e precisam desse empurrão financeiro. E outra coisa muito importante é que o <b>Catarse</b>, não só como possibilidade de ajudar esses projetos a serem financiados, funciona como uma vitrine para que mais pessoas conheçam e lutem por essas causas.<br />
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<b>É possível no futuro um projeto político social ter espaço dentro de uma plataforma de crowdfunding? Algum político já procurou vocês para algo do gênero??</b><br />
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Nenhum político procurou a gente, mas a própria campanha da<b> Marina Silva</b> e, principalmente a do <b>Barack Obama</b>, nos EUA, tiverem forte apoio popular em favor de suas campanhas,<br />
Acho que o crowdfunding é um mecanismo que eles deveriam usar para ajudar, com seu apoio e influência, a solucionar problemas de forma muito mais rápida e organizada. <br />
<br />
<b>Quais os planos para o futuro. O Catarse já pensa em expandir os domínios ou ainda é cedo para pensar nisso???</b><br />
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A gente pensa sim em expandir os domínios, pelo menos a nível de América do Sul, mas não faremos isso antes de atingir um grande público aqui no Brasil. As possibilidades aqui são imensas, é impossível mensurar a quantidade de bons projetos que surgem a cada dia – além daqueles que estão parados só esperando esse empurrãozinho financeiro.Fabio Navarrohttp://www.blogger.com/profile/02038549309621259404noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1526046537519280018.post-78251567067682990992010-11-09T07:05:00.000-08:002010-11-09T07:45:55.050-08:00VALQUíRIA METALOERÓTICA...Em um mundo de inúmeras sensações extremas, a literatura é fio condutor destas por entre milhares de letras catalisadoras. Guerras, dramas, poesia, sexo, erotismo, amor e qualquer outra parafernália sináptica que abrigue dentro de si, uma coleção de ligações neurológicas que disparam acetilcolinazes de transformação na alma.<br />
Mas existe algo que não transparece na escalada de sentimentos que os livros despertam. A luta de seu autor para que o trabalho ganhe a visibilidade necessária, para tocar o primal instinto de alguma pessoa. Não basta apenas escrever, necessário uma luta que transporta escritores para uma arena onde não existe pureza de poemas entardecidos ou nuances em nuvens doces. A corrida é selvagem para quem se coloca diante do monstro das editoras. Essas feras capitalistas que muitas vezes preferem o extermínio à reciclagem. A morte precoce ao milagre da vida...<br />
Mas existem valquírias. Mulheres que tomam para si a coragem em um mundo onde, cada vez mais, a emoção e a honestidade parecem frígidas. Munidas apenas de uma força de vontade vulcânica e de talento de sobra para disseminar idéias e bater de frente com o conformismo barato desse dia-a-dia enfadonho. <b>Chantal Dalmass</b> é assim. Guerreira diária contra a vontade de uma editora que queimaria seus livros. Cavalgando por entre arranha-céus, empunhando apenas letras dispostas geometricamente em folhas. Dando livros às pessoas que aceitam serem tocadas pela poesia de seus contos. Uma dádiva em forma de doação que exige calma dos passantes, pois o contrário pode dar margem a interpretações errôneas.<br />
Ser arrebatado por esse tufão de nome Chantal é tão certo quanto o ar respirado.<br />
O GD conversou com essa autora brasileira que luta diariamente contra o monstro editorial.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://chantaldalmass.zip.net/images/chantal02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://chantaldalmass.zip.net/images/chantal02.jpg" width="298" /></a></div><div align="center" class="separator" style="text-align: center;"><span style="color: blue; text-decoration: none;"><br />
</span></div> <b>Você atualmente distribui livros gratuitamente pelas ruas da capital. Por que você resolveu tomar essa atitude?</b><br />
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<b><i>CHANTAL DALMASS</i></b>: Estou distribuindo gratuitamente 3716 exemplares dos livros MENTIRAS E CONFISSÕES, de minha autoria, e A CAMA REDONDA DE MARIA BEATRIZ, de Maria Beatriz Soares, publicados em 2005 pela editora Planeta e que seriam queimados em “operação de destruição de estoque”.<br />
Consegui salvar os livros da fogueira da editora Planeta e agora dou os exemplares nas ruas de São Paulo. Filas de cinema, nas calçadas da rua Augusta, na Barão de Limeira (em frente ao prédio do jornal Folha de São Paulo), na avenida Paulista; já distribuí pessoalmente cerca de 1600 livros.<br />
Dou o exemplar nas mãos do leitor, os livros que seriam queimados estão sendo lidos e passados adiante, os livros estão vivos.<br />
Dou os livros na rua simplesmente porque não consigo viver com a idéia de que uma editora queimar livros seja coisa normal.<br />
A editora queima livros porque é o modo mais simples, rápido e barato de ganhar espaço em seus depósitos e de economizar com transporte, controles, prestação de contas (sobre vendas nulas ou insignificantes) e pagamento de direitos autorais.<br />
Para a editora, doar os livros para bibliotecas e escolas custa dinheiro (frete, etc), vender a preços populares também custa (um funcionário da editora terá de controlar quantidades, estoques e vendas, além de prestar contas e pagar os centavos devidos ao autor).<br />
Queimar é muito mais eficiente!<br />
Dou os livros que salvei da fogueira por duas razões: primeiro, em protesto contra a prática bárbara e abjeta de queimar livros; em segundo lugar, para divulgar o meu trabalho, fazer circular os livros. Que sejam lidos, criticados, que sirvam para passar o tempo, que – com sorte, muita sorte – inspirem alguém.<br />
Espero ainda que os leitores se recusem a comprar de uma editora que queima livros e que trata os autores e sua obra como lixo tóxico.<br />
<br />
<b>Como as pessoas recebem essa sua atitude de distribuir livros gratuitamente?</b><br />
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Surpresa, indiferença, risos, raiva, tem de tudo! Em geral, a primeira reação é a incredulidade. Nas ruas, as pessoas desconfiam de mim, não acreditam que é de graça, que estou dando livros novos. E se acreditam, muitos pensam – e dizem – que o livro deve ser uma porcaria, que se fosse bom eu não estaria dando em vez de vender. Ou que nada que é bom vem de graça. Estou acostumada, a reação é natural, não me ofendo e ofereço para o próximo da fila. Muitas vezes a pessoa que recusou muda de idéia e vem pedir um exemplar. Eu dou, agradecida.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc4/hs1141.snc4/148377_105164266219071_100001764947380_40380_3725969_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-snc4/hs1141.snc4/148377_105164266219071_100001764947380_40380_3725969_n.jpg" width="400" /></a></div><div align="center" class="separator" style="text-align: center;"><span style="color: blue; text-decoration: none;"><br />
</span></div> <b>Você acha que as editoras e seu modelo atual de trabalho visam mais o lucro do que a qualidade?</b><br />
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É claro que as editoras visam o lucro, pois são empresas como quaisquer outras, não há nada de mal nisso.<br />
O que é perverso é que a maioria das grandes editoras espera que o livro se venda sozinho, o que acontece no caso de autores famosos ou que têm exposição na mídia. Exemplo recente, o compositor Chico Buarque, que acaba de conquistar o seu terceiro Prêmio Jabuti. O autor é uma estrela, vendas garantidas!<br />
Quando o autor brasileiro não é celebridade, a edição é pequena (3 a 4 mil exemplares) e o esforço de divulgação, praticamente zero. Aí, sem divulgação, o livro não vende mesmo. O livro não vende porque ninguém sabe de sua existência. O livro não vende porque não está fisicamente à venda nas prateleiras das livrarias.<br />
O livro não vende, não vende, não vende.<br />
E ficam os exemplares um tempo lá mofando no depósito da editora. Passados alguns anos eles queimam, e caso encerrado.<br />
<br />
<b>Ainda existe muita discussão sobre o advento do iPad e plataformas que comercializam livros digitais. Você acredita que a leitura dos livros físicos (papel) está com seus dias contados?</b><br />
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Não nego que o prazer de ter o livro nas mãos é algo sensual, gosto do cheiro do papel, do toque, de uma capa bacana. Mas acredito que há espaço para todas as formas de leitura e de publicação, não acho que os iBooks e similares ameacem os exemplares de papel.<br />
O que me assusta, sim, e me causa náuseas é aceitar com naturalidade a queima de livros por uma editora.<br />
Um país em que uma empresa que produz e publica livros – uma editora – queima milhares de exemplares novos é um lugar hostil, um pedaço do inferno, um fim de mundo em que coisas terríveis podem acontecer. Impunemente.<br />
<b> </b><br />
<b>O conto tem se tornado bem popular na internet. Vários sites dedicados à literatura fornecem espaço para autores. Você acha que o conto é a forma de literatura que melhor se encaixa com o formato virtual?</b><br />
<br />
Textos mais curtos – contos, crônicas, poesias – sem dúvida se adaptam bem ao formato virtual, à exibição na internet.<br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash2/hs561.ash2/148365_105164176219080_100001764947380_40376_389057_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://sphotos.ak.fbcdn.net/hphotos-ak-ash2/hs561.ash2/148365_105164176219080_100001764947380_40376_389057_n.jpg" width="400" /></a></div><div align="center" class="separator" style="text-align: center;"><span style="color: blue; text-decoration: none;"><br />
</span></div> <b>Como surgiram as primeiras letras na sua vida? Quem te inspirou pela primeira vez?</b><br />
<br />
Palavras bonitas, rimas cheias de ritmo e música. As Letras surgiram na minha vida através da poesia; ganhei do meu pai um livro de sonetos de Guilherme de Almeida e um outro, um pocket book, de Olavo Bilac. Depois vieram Camões, Castro Alves, Manoel Bandeira. Eu e meu pai líamos juntos, eu acabava decorando os versos, foi assim.<br />
Então descobri a ficção: Monteiro Lobato e Julio Verne. Mitologia era um assunto fascinante. Romances épicos. História. Ficção científica. Biografias. Lia de tudo. Na faculdade – cursei Direito na USP – minhas disciplinas favoritas eram Filosofia do Direito e Direito Romano, com todas aquelas questões passionais envolvendo adultérios, concubinatos e intrigas de família. Algo como o seriado de TV “ROMA” em plena sala de aula, nas Arcadas do Largo de São Francisco.<br />
<br />
<b>Teus contos têm uma imagem forte e visceral, deixando o leitor sentir cada sensação física do que as tuas palavras descrevem. Quando você descobriu seu estilo?</b><br />
<br />
Não existe “o” momento, a gente vai escrevendo, inventando histórias. E vai mudando também, amadurecendo. Os meus primeiros textos eram mais rebuscados; hoje procuro a simplicidade. <br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://chantaldalmass.zip.net/images/mentiras.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://chantaldalmass.zip.net/images/mentiras.jpg" width="273" /></a></div><div align="center" class="separator" style="text-align: center;"><span style="color: blue; text-decoration: none;"><br />
</span></div><br />
<b> O que te inspira? De onde vem a força criativa de Chantal?</b><br />
<br />
O que me inspira? Ah, muitas coisas. Observo as pessoas, ouço casos, aumento aqui, invento ali. Ou sonho, fantasio cenas inteiras, penso nos menores detalhes: sons do ambiente, cheiros, cores, roupas, disposição dos móveis, incidentes. Fecho os olhos e crio minhas histórias como se assistisse a um filme. Faço isso na cama, tomando banho, enquanto cozinho ou treinando na academia; só escrevo realmente – no computador ou no papel – depois de ter convivido com os personagens durante dias e dias, ou seja, quando a história já se tornou realidade na minha imaginação.<br />
Escrevo para seduzir, escrevo para provocar e agradar os meus dois amores.<br />
Escrevo por alívio, por raiva, por vingança; às vezes escrevo para matar, gosto de matar! Sou boa com venenos, facas e cartas anônimas.<br />
Escrevo também por tédio, pura falta do que fazer; eu passo mesmo o tempo todo inventando histórias e falando sozinha... Aí escrevo o que imaginei, o texto já sai prontinho.<br />
<br />
<b>As fotos do seu site aumentam ainda a sensação de imersão nesse universo criado por você. Cada conto tem uma imagem específica ou a aleatoriedade deve ser preservada?</b><br />
<br />
As fotos publicadas no meu blog <a href="http://chantaldalmass.zip.net/">http://chantaldalmass.zip.net</a> e no Facebook são auto-retratos feitos com a câmera do celular. Geralmente uso o temporizador automático, 10 segundos (risos). As fotos fazem parte de momentos íntimos, em que estou sozinha, pensando nas histórias, imaginando, fantasiando. Eu arrumo o celular, depois fecho os olhos e me deixo envolver pela sensação do personagem, fica aquele clima... Isso me inspira, mas as imagens são coisas minhas, não têm correspondência direta com os contos.<br />
<br />
<b>Existe uma autocobrança sua em relação ao criar?</b><br />
Não, não me cobro nada.<br />
(Também nem recebo mais nada pelo meu trabalho como ficcionista, foi preciso arrumar outras maneiras de ganhar a vida. Ah, e ignoro o Acordo Ortográfico, jurei que só escrevo idéia e vôo sem acento se me pagarem!)<br />
Quanto a criar, faço isso o tempo todo: imaginar histórias.<br />
E já fazia há muito tempo, antes de sequer pensar em escrever um texto, um conto, uma frase para um concurso de revista.<br />
Vivo em um mundo de fantasia na companhia de amigos, inimigos e desconhecidos imaginários; escrever o que acontece neste lugar e com essas pessoas é uma consequência.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="http://chantaldalmass.zip.net/images/maria_beatriz_capa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://chantaldalmass.zip.net/images/maria_beatriz_capa.jpg" width="274" /></a></div><div align="center" class="separator" style="text-align: center;"><span style="color: blue; text-decoration: none;"><br />
</span></div><br />
<b>Como você pensa, a partir desse episódio com a editora, comercializar seu trabalho?</b><br />
<br />
No momento, penso apenas em distribuir os 3716 exemplares que salvei da destruição.<br />
Mais tarde decidirei se devo ou não procurar outra editora para a publicação dos meus trabalhos inéditos; só vou publicar se receber da editora um tratamento decente, com divulgação e distribuição apropriadas.<br />
Do contrário, guardarei os textos e as histórias para o meu público restrito, as pessoas especiais quem têm acesso aos meus arquivos e diários privados.<br />
<br />
<br />
<b>Você acha que a internet, criando esse clima maior de “faça você mesmo” abriu espaço para gente talentosa ou apenas deixou muito mais gente com o espírito "wanna be" de ser aflorado?</b><br />
<br />
Ah, não sei, depende da personalidade, do talento de cada um. De qualquer forma, se a internet servir para incentivar novos escritores, que seja! Esperemos grandes histórias, lindos textos! Esperemos mais e mais leitores também. Mal não faz, não é mesmo?Fabio Navarrohttp://www.blogger.com/profile/02038549309621259404noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-1526046537519280018.post-10753818716544082362010-10-04T05:01:00.000-07:002010-10-04T05:01:59.876-07:00O CLUBE LIBERTÁRIO DOS DESCONTENTES<div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh5s62PeLPtNFCGjIuEUMbCz-L-rKYxXzCWiji9c7GRGmsJi0eSP0KsQLqa3Y5O-pciSWaxtuHEv3fzRkzlsGQGQaaxh6G0TFp0kZ9IVO10IojRvXw9WZJGNetiWEtiECFTwDPWUtT4YE/s1600/4442436664_4b5e49cf69_b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh5s62PeLPtNFCGjIuEUMbCz-L-rKYxXzCWiji9c7GRGmsJi0eSP0KsQLqa3Y5O-pciSWaxtuHEv3fzRkzlsGQGQaaxh6G0TFp0kZ9IVO10IojRvXw9WZJGNetiWEtiECFTwDPWUtT4YE/s640/4442436664_4b5e49cf69_b.jpg" width="424" /></a></div><br />
<span style="font-size: small;"> Tenho e admito vergonhosamente uma certa desconexão com o rock nacional. Os medalhões do gênero eram mais velhos e quando descobria minhas primeiras notas tupiniquins, a banda nos holofotes era o <i>Charlie Brown Jr.</i>. As mais novas não me chamavam a atenção e seguia então sem identificação com meus compatriotas armados de guitarras. </span><br />
<span style="font-size: small;"><i>Chico Science</i>, <i>Planet Hemp</i> e<i> Raimundos</i> não existiam mais (não consigo por mais que tente, desassociar a palavra Raimundos do Rodolfo), e eu sacripanta dotado de um teclado, perigosamente estava começando a permanecer em um limbo cultural atordoante que aumentava ainda mais a minha já famosa ranzinice. Os <i>Superguidis</i> me sacudiram um pouco, mas em uma noite de sábado um batalhão de descontentes arrematou de vez meu ventriculo arterial mais pesado. </span><br />
<span style="font-size: small;">E tudo começou na porta de um bar...</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;">O show era uma das comemorações do aniversário de um clube noturno aqui de São Paulo. A banda tinha um nome que lembrava os grupos dos anos 50 e 60, <b>AURÉLIO E SEUS COMETAS</b>. Mas a diferença era que por alguns minutos eu presenciava pela lateral direita da nicotina cambaleante de meu cigarro, uma cena desconexa da minha noção de banda de rock. </span><br />
<span style="font-size: small;">O vocalista <b><i>Emir Ruivo</i></b> ali, lado à lado com todos os que ficavam por alguns minutos esperando o corpo mover-se em direção da porta do clube. Conversando e distribuindo palavras para os passantes de maneira surrealmente real. Não havia ali um pingo sequer de estrelismo fabricado por gestos televisivos ou maniqueísmos de marionetes com cordas de aço dedilhadas. </span><br />
<span style="font-size: small;">Era tudo puro e bruto, de uma essência descomunal, por isso mais chamativo de atenção ainda. Pois em um mundo onde todos se conhecem apenas por meio de uma tela, relações tão reais podem confundir o seu descrente ser. </span><br />
<span style="font-size: small;"> </span><br />
<span style="font-size: small;">Mas essa energia de aproximação de elétrons foi desencadeada mais uma vez por uma explosão de corporativismo humanitário, quando o mesmo Emir antes do show convidava e a platéia para aproximar-se do palco. Literalmente de mesa em mesa, novamente deixando os deambulantes que agora repousavam em cadeiras trôpegas sem ação de defesa. Como na letra de Deixa Entrar, o amor pelo calor da platéia sabe o que é melhor para a banda. E assim se fez, mesmo com a casa não tão cheia, a energia que fluia por entre os acordes era palpável em todos os aspectos, fossem eles sensoriais, motores, sexuais e neurológicos. </span><br />
<span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;">Uma banda que entrega-se na mesma maneira que hipnotiza, em toneladas de carisma, rodeada de riffs e batidas que tem intrínsecas ligações com a jovem guarda, o rock inglês e um suingue tipicamente nacional. Pronto, estava eu, poço de bandas alternativas islandesas e canadenses, derrotado em todas as convicções por um trio paulistano quena distorção da guitarra e da noção do que é ou não padrão dentro de uma banda. Xeque mate...</span><br />
<span style="font-size: small;">Por isso a primeira entrevista com uma banda nacional aqui do GD tinha que ser com o <b>AURÉLIO E SEUS COMETAS</b>. O que acabou revelando outra grande surpresa...</span><br />
<br />
<span style="font-size: small;">A banda sai em turnê nacional esse mês de setembro e roda pelas pradarias verde-amarelas durante uma bom tempo. Essa adrenalina da estrada deu um toque especial às respostas, que transbordam a verdade de uma banda que não tem medo de colocar a alma para bater. Como o novo single, lançado essa semana (<i>CORAÇÃO COMETA</i>, que você ouve no meio da entrevista) diz, todo homem tem um coração cometa. E <b>Emir</b>, <b>Mogli Kid</b> e <b>Pedro</b> deixam um rastro de poeira cósmica por onde passam. </span><br />
<span style="font-size: small;">Os trapezistas dos riffs desse clube libertário dos descontentes, falaram assim com o GD:</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4qi9Z2XCuTMXIRriWXXDDvasj10NpoAUJ8_HdBENyOXUtp82LTjmi8zHx9RvXCXUeFjeEOMrDhMXcI3TAlhd9mrZwFPxipIYZng0PvwO6p7QUVxnfDGjFiiEwkkxlSlEVtS5U1s4OPG0/s1600/4448208194_1c0f023634_b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="425" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4qi9Z2XCuTMXIRriWXXDDvasj10NpoAUJ8_HdBENyOXUtp82LTjmi8zHx9RvXCXUeFjeEOMrDhMXcI3TAlhd9mrZwFPxipIYZng0PvwO6p7QUVxnfDGjFiiEwkkxlSlEVtS5U1s4OPG0/s640/4448208194_1c0f023634_b.jpg" width="640" /></a></div><br />
<b>Como está a vida depois do lançamento de Clube dos Descontentes? Mata-se um leão por dia (ou até mais) quando o assunto é divulgar o trabalho no cenário nacional?</b><br />
<br />
</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b><i>Emir</i></b>) A vida está uma maravilha, embora o mercado esteja difícil. O Brasil é problemático. O mercado internacional, de Londres especificamente, é aberto e interessado nos melhores artistas pela razão óbvia: eles serão mais lucrativos que os fracos. Aí aparecem a Lady Gaga, a Amy Winehouse, o Kasabian. Investe-se na diferença.<i> </i>No Brasil, hoje, investe-se na semelhança.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Mogli</b>) Sim Fábio, a divulgação está nos dando bastante trabalho. O som costuma agradar a quem ouve, mas o resultado ainda não é o que gostaríamos que fosse.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Pedro Nog</b>) Dá um trabalho do cão fazer uma música bombar, Fábio! Mas em breve, muito breve, breve mesmo, Clube dos Descontentes vai estar bombando no país!</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><b>No show do Outs uma coisa já de cara chamou a atenção, Emir indo de mesa em mesa chamando o público pra próximo do palco. Vocês acham que diminuir o espaço entre a banda e o público é primordial? (A banda mostra uma postura muito diferente do messianismo de muita gente que prefere a postura: "olha eu sou o artista e vocês o público, cada um na sua")</b>.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Emir</b>) Eu não acredito em messianismo. Não quero ensinar nada a ninguém. Não sou melhor nem pior que ninguém que esteja ali. Apenas sou o artista, e tenho que me apresentar. Então não vejo porque não dar uma dançadinha com as pessoas, se der vontade.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Mogli</b>) Quanto mais próximo do palco o público estiver, mais contagiante será a energia. Se torna um ciclo: a energia do palco vai pro público, que volta pro palco. E isso tanto pra energias boas quanto ruins. Então sim, acho primordial diminuir o espaço entre os dois.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Pedro Nog</b>) O Emirzão é o cara no palco, ele deita! Acho que 50% do valor de um show é a nossa apresentação no palco, e 50% é a resposta do público. Quando o Emir chama o público para participar, o espetáculo fica muito melhor.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;"></span><b><span style="font-size: small;">Todo mundo já se conhecia muito antes do nascimento de Aurélio e Seus Cometas. E também tocaram com outras bandas (Emir tocou em uma banda de reggae, Ruba Dub, Mogli no Xorumi tal e etc). O que veio na bagagem desses tempos? Existe alguma coisa dos tempos de Song Festival do colégio na banda?</span></b></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Emir</b>) O Song Festival me deu a noção de merecimento. Lá, eu ganhei minhas bolsas no <i>Alumni</i>, que me permitiram e me deram um bom inglês. Sabia que eu precisaria me esforçar para ganhar. Infelizmente o macrocosmos brasileiro não me entendeu como o microcosmos da escola.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Mogli</b>) Dos tempos de amizade veio o entrosamento na convivência, já que conheço o Pedro desde o jardim e já estava bastante acostumado com a presença do Emir, pois ia muito à casa deles. Musicalmente falando a formação da banda não podia ser melhor pra mim, porque aprendi a tocar nas jam's que fazíamos no sítio da família deles. Quanto ao Xorumi, apesar de ter existido por pouco tempo, foi muito divertido e importante já que foi a minha primeira experiência com uma banda. Chegamos a nos apresentar em alguns lugares, mas dificuldade com o entrosamento era muito grande, e acabamos nos separando</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Pedro Nog</b>) O que veio para mim foi o medo de palco. Nunca toquei profissionalmente antes dos Aurélios. Quando fiz meu primeiro show, na bateria, com uns 10 anos, para um ginásio lotado de gente, chorei porque não queria entrar no palco. No primeiro show com os Aurélios, já com 21 anos, tremi como um prisioneiro de guerra. Mas agora acostumei e fico tranquilo nos shows. Thx God</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><b><span style="font-size: small;">E por falar em sons antigos, tem muito do rock das décadas passadas no som do Aurélio. Como as influências entram na hora da composição? Chegam naturalmente ou existem momentos em que um olha pro outro e diz: vamos tentar algo na linha daquela banda.</span></b></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Emir</b>) Quase sempre eles vêm naturalmente. Teve uma ou duas vezes, durante o processo de gravação, que eu disse a eles "olha, vamos tentar isso aqui" e mostrava uma referência. Mas isso é só para resolver problemas.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Mogli</b>) Em relação as composições, a única que fizemos juntos foi "Rock 'n' Roll" que saiu de uma jam, então ela demonstra bem a característica natural do nosso som, nesse momento. As outras são composições do Emir, mas que foram arranjadas pelos três. Muitas vezes, como a bateria foi o primeiro instrumento a ser gravado, o Emir tocava e falava: "Vai Sievers, acompanha". E esse era o primeiro passo pra arranjar a música. E outras tantas vezes ele já vinha com a pegada na cabeça.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Pedro Nog</b>) Nossos arranjos são bem naturais. Normalmente, no primeiro ensaio já sai o produto final.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><b><span style="font-size: small;">De onde veio a idéia dos hu-hás no refrão de Deixa Entrar? Aliás, uma música que definitivamente hit certeiro em qualquer lugar do mundo. O título<i> Back On The Chain Gang </i>e a palavra<i> Pretenders</i> é a origem dessa traquinagem no refrão?</span></b></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Emir</b>) Eheh. Sim, nós roubamos de Back On The Chain Gang.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Mogli</b>) O que você acha? hehehe</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Pedro Nog</b>)<b> </b>Bons artistas roubam, maus artista copiam. Pode dizer na entrevista que essa frase é minha.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYp8tja7S8Guz4scCwlXEyQ6bspUvdH3-IdyBuVGCOrNoXhezp6uxTpDchdIPasjNQ8ceGGt7gUK74xBOEXsAOIJUdHdRznQOvWEAZgg-xmQRPUOxV8kThN7FS7ds8jMlAfWmUWVEylyc/s1600/4421735628_23648e8e74_b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYp8tja7S8Guz4scCwlXEyQ6bspUvdH3-IdyBuVGCOrNoXhezp6uxTpDchdIPasjNQ8ceGGt7gUK74xBOEXsAOIJUdHdRznQOvWEAZgg-xmQRPUOxV8kThN7FS7ds8jMlAfWmUWVEylyc/s640/4421735628_23648e8e74_b.jpg" width="425" /></a></div><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;"></span><b><span style="font-size: small;">Esse segundo semestre de 2010 está marcado com talvez a maior quantidade de shows internacionais no Brasil. E ao mesmo tempo que acontece essa enxurrada, reuniões sobre o futuro dos festivais e o papel das bandas e organizadores mantém os nervos meio exaltados. Existe ainda aquela história de que é muito mais fácil uma banda de fora ter espaço pra tocar do que uma nacional?</span></b></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br />
<span style="font-size: small;"> (<b>Emir</b>) Não tenha dúvida. Mas é culpa nossa. Não adianta chorar. </span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">Eles são mais competentes. Fazem tudo melhor, do som à publicidade. Se você tem grandes artistas no país, você consegue competir. Mas os medianos tomaram o Brasil. </span><br />
<br />
<span style="font-size: small;">Essas pessoas que você citou, das reuniões, são oportunistas despreparadas e arrogantes. Acho uma piada esse comunismo artístico que esse pessoal propõe. Numa dessas reuniões, eu ouvi o Miranda, que foi um grande produtor, mas não entende nada da área executiva, dizer, num tom de super elogio, que o pessoal dos Móveis Coloniais são "super organizadinhos" <i><b>(nota do GD: eu assisti via internet essa reunião realizada no Studio SP, e o Miranda fala exatamente essa frase</b></i>). </span><br />
<br />
<span style="font-size: small;">Música, arte, não é para ser organizadinha. Isso não é argumento artístico. É o mesmo que dizer que um jogador de futebol é bonito. Se ele não jogar, não adianta nada. Você ja imaginou o Brian Jones apresentando o Jimi Hendrix em Woodstock dizendo "olha, eis aqui um guitarrista que eu ouvi, é super organizadinho".</span><br />
<span style="font-size: small;">Quando esse tipo de valor começa a se sobressair, você nota o quanto está doente o mercado. E aí, qual chance você tem de fazer frente à um mercado que presa, genuinamente, pelo brilho? Brilhantes versus organizadinhos. Que chance a gente tem?</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Mogli</b>) Depende da proposta do evento. Se for uma coisa de grande porte com certeza eles vão buscar artistas internacionais porque chama mais atenção e obviamente pela qualidade musical. Existem coisas interessantísimas no Brasil, mas ainda andam meio escondidos de uma forma geral. A divulgação que prima únicamente a qualidade musical e a que tenha espaço para novos artistas brasileros, não é líder de audiência. Isso dificulta muito pra que um artista nacional possa disputar um espaço com <i>Rage Against</i>, <i>Killers</i>,<i> Scissor Sisters</i>, e etc...</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Pedro Nog</b>) Acho natural isso. O Brasil tem muitos bons artistas, mas -- acredito eu -- a Inglaterra e os Estados Unidos ainda criam a melhor música do mundo. Por isso eles têm tanto espaço aqui e em qualquer lugar onde forem tocar.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><b><span style="font-size: small;">Um dos festivais é o SWU. Estão acontecendo seletivas (batalhas de bandas no estillo Escola do Rock), para músicos nacionais poderem participar do line up. Vocês acham que esse esquema de mini festival da Record bizarro funciona? Vocês foram procurados pelos festivais ou pelos organizadores das seletivas?</span></b></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Emir</b>) Nós não fomos procurados por ninguém. O único festival que nos procurou foi o <b>Release Alternativo</b> de Goiânia. </span><br />
<span style="font-size: small;">Esse tipo de seletiva via internet/telefone só pode funcionar no Brasil numa escala muito grande (como o Big Brother, por exemplo). </span><br />
<br />
<span style="font-size: small;">Aqui nós não temos essa cultura de gostar dessas coisas. Em Londres, eles gostam. O país inteiro acompanha o <i>Britain's Got Talent</i>. No Brasil, quem assiste o <i>Ídolos</i>? Aí a coisa fica mais embaixo: quem vota na seletiva do SWU? Os amigos dos artistas. E quem ganha? Quem tem mais amigos com paciência para votar. Então, acho que no Brasil isso não funciona.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;">O que poderia ser interessante, eu acredito, seria fazer um crivo especializado e um popular e cada um valer uma certa quantidade de votos. Aí acho que poderia ser mais próximo do justo.</div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br />
(<b>Mogli</b>) Acho que depende do que o evento se propõe a realizar. Se o objetivo for apresentar bandas novas creio possa funcionar como um último estágio de seleção.<br />
<br />
(<b>Pedro Nog</b>) Sou viciado em jogos, então adoro a ideia de festivais com seletiva. Quem sabe na próxima não estaremos lá?<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: center;"><object height="85" width="620"><param name='movie' value='http://gangrenadiario8.podomatic.com/swf/joeplayer_v10.swf'></param><param name='flashvars' value='jsonLocation=http%3A%2F%2Fgangrenadiario8.podomatic.com%2Fentry%2Fembed_params%2F2010-09-30T18_05_28-07_00%3Ffoo%3Dbar%26color%3D43bee7%26autoPlay%3Dfalse%26width%3D620%26height%3D85'></param><param name='allowFullScreen' value='true'></param><param name='allowscriptaccess' value='always'></param><embed src='http://gangrenadiario8.podomatic.com/swf/joeplayer_v10.swf' flashvars='jsonLocation=http%3A%2F%2Fgangrenadiario8.podomatic.com%2Fentry%2Fembed_params%2F2010-09-30T18_05_28-07_00%3Ffoo%3Dbar%26color%3D43bee7%26autoPlay%3Dfalse%26width%3D620%26height%3D85' type='application/x-shockwave-flash' allowscriptaccess='always' allowfullscreen='true' width='620' height='85'></embed></object></div><br />
<b>Desde que eu escutei a primeira nota de música, ouvia sobre a briga das pessoas que defendiam o rock nacional contra o rock gringo. Hoje essa briga parece ter voltado para os que gostam do rock nacional independente e o que faz sucesso em canais de tv ou as bandas de emocore colorido. Essa regurgitação californiana do punk colorido atrapalha ou ajuda separar quem é bom de que não é?</b><br />
<br />
(<b>Emir</b>) Eu acho que essa briga não ajuda, porque é briga de torcedor. É parecido com o que eu falei antes, o que tem que importar é a qualidade e não se ele é do time do indie ou colorido. Se a gente conseguisse ter a decência de ser a gente mesmo, seria um bem para a humanidade.<br />
<br />
(<b>Mogli</b>) Para as fãs do Restart eles são bons, para muitos eles não são bons. Elas gostam deles, muitos não gostam deles. Acho que ninguém ousaria dizer que Beethoven não é bom. Mas alguns gostam e outros não. Acho que o que importa no fundo é se o que a pessoa faz lhe traz prazer, sendo boa ou não. Pra quem gosta de apreciar, sempre vai ter coisa boa.<br />
<br />
(<b>Pedro Nog</b>) Num país com 190 milhões de pessoas, existe público para qualquer tipo de música. Os canais de TV, as estações de rádios e os sites da internet são milhares -- então ninguém precisa ouvir o que não gosta. Não há motivo para ficar brigando.<br />
<br />
<b>Sempre pergunto para as bandas gringas como é a relação delas com a distribuição de música gratuita na internet. Todos se mostraram a favor. Qual a posição da banda quanto a isso? Música de graça deprecia o trabalho?</b><br />
<br />
(<b>Emir</b>) Se essa for a tendência, não me importo. Eu, pessoalmente, não sou a favor.<br />
Não que deprecie o trabalho, afinal a música é de graça na TV, no rádio, e todo mundo briga para estar ali. Acho apenas que existe uma roda muito grande dentro da música profissional, que inclui compositores, produtores. Principalmente esses dois ganham na venda. Se não houvesse venda, por exemplo, eu não poderia ter gravado <i>O Barquinho</i> nem<i> Só O Ôme</i>. Eu acho que seria uma grande perda para mim.<br />
<br />
(<b>nota do GD2: O Barquinho, a regravação do clássico do cancioneiro brasileiro escrita por Roberto Menescal e Ronaldo Boscoli e já cantada pela riot girrll original brasileira Maysa, está no primeiro disco da banda A História de Aurélio e Seus Cometas Parte 1-A Ascenção, lançado em 2006. O disco é quase uma ópera rock que conta a história de Aurélio para formar uma banda. E Só O Ôme, do sambista Noriel Vilela, está no mais recente trabalho, O Clube Dos Descontentes</b>)<br />
<br />
(<b>Mogli</b>) Dinheiro é consequência, música tem que ser ouvida por quem pode e por quem não pode pagar. Eu sou a favor.<br />
<br />
(<b>Pedro Nog</b>) Acho que a internet ajuda a divulgar a música e a banda. Depois, dá para fazer dinheiro com os shows. Sou a favor, também.<br />
<br />
<b>Aliás sobre isso existe um projeto que preconiza o pagamento de uma taxa pelo usuário para ter acesso ao que quiser. É uma saída viável?</b><br />
<br />
(<b>Emir</b>) Não sabia disso. É uma idéia justa, mas acho difícil controlar. Se for possível, sou favorável.<br />
<br />
(<b>Mogli</b>) Eu gosto da idéia da música ser liberada pra quem quiser ouvir sem pagar, e sou a favor dela.<br />
<br />
(<b>Pedro Nog</b>) Não conhecia o projeto, também. Mas parece legal.<br />
<br />
<b>Existem canções com letras cheias de picardias como por exemplo De Segunda à Segunda, outras vezes muito mais introspectivas como em A Tela , que é um poema musicado. É preciso estar mais "cafajeste" no bom sentido pra escrever as letras mais sarcásticas e mais "feeling blues" para as canções mais densas?</b><br />
<br />
(<b>Emir</b>) Eu acho que as mais sacanas não são menos densas necessariamente, mas sim, em geral é isso.<br />
<br />
(<b>Pedro Nog</b>) Sem dúvida. Depois de terminar um namoro de 3 anos, você quer escrever Tela; depois de pegar 2 gatas no mesmo fim-de-semana, você quer escrever Deixe Entrar o Amor.<br />
<br />
<b><span style="font-size: small;">Como foi trabalhar com Paul Waller (arranjador que já trabalhou com Björk, Seal, entre outros)</span></b></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Emir</b>) O Paul Waller é um dos grandes arranjadores do Reino Unido. Ele me ensinou a ter um olhar diferente diante da música profissional. Além disso, é um cara simples e humilde, amigo dos alunos. A nossa sala era de alto nível, de forma que muito das aulas, talvez metade, eram bate-papos. E só de estar ali onde a tendência é criada, e não onde se segue como estamos acostumados, é outra coisa.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"></span><b><span style="font-size: small;">Emir também pinta, onde as cores entram na canção?</span></b></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Emir</b>) Eu pinto telas em tinta acrílica. Não tenho paciência para esperar a tinta a óleo secar, e nem tenho o cuidado que é necessário para aquarelas. Sobre a convergência das duas artes, acho que está na motivação. É sempre a mesma, vem da observação e da vontade de contar uma história. Aí tem histórias que são mais fáceis de contar com palavras e melodias, outras com desenhos.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><b><span style="font-size: small;">Próximo disco, ainda é cedo ou já surgram idéias?</span></b></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Emir</b>) Já temos a idéia, mas ela obviamente pode mudar. Mas comercialmente, a gente precisa respeitar uma ordem. Ainda leva pelo menos um ano para sair o próximo.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;">(<b>Pedro Nog</b>) Ainda precisamos vender mais cópias do Clube dos Descontentes! Mas já temos material para dois álbuns depois disso.</span></div><div style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHz-wRLYZOm2HbxXU-falBc3-wUjIwX0jRKWkPkuWpmy0LcYR-oSGj6uGtDNCEZ1O-dgA6hnfcrL5zMKw1QF61C8kMQsIju6xhAwBA4w_p06wx5hNA74AEi0h0oj6caEtQVXPrU_7eaEk/s1600/4442438798_24dc2c5b37_b.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="424" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHz-wRLYZOm2HbxXU-falBc3-wUjIwX0jRKWkPkuWpmy0LcYR-oSGj6uGtDNCEZ1O-dgA6hnfcrL5zMKw1QF61C8kMQsIju6xhAwBA4w_p06wx5hNA74AEi0h0oj6caEtQVXPrU_7eaEk/s640/4442438798_24dc2c5b37_b.jpg" width="640" /></a></div><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small;"></span><b><span style="font-size: small;">Quais são os artistas nacionais e os gringos que influenciam cada um de vocês. Obviamente existem as influências, mas quem fala mais fundo??</span></b></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Emir</b>) Eu realmente não gostaria de fazer essa lista, porque ela seria tão longa que vc não tem idéia. Mas vai de Beatles, Stones, Beach Boys a Roberta Miranda, Cauby Peixoto, Gilberto Gil, Mutantes passando por Smashing Pumpkins, Elvis Costello, Bowie, Dylan, Arnaldo, Tom Jobim, Menor do Chapa, Tati Quebra Barraco, Michael Jackson, Madonna. E vai muito, muito mais longe.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Pedro</b>) As influências são muitos, mas as principais são Beatles, Stones, Who e David Bowie.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Mogli</b>) Beatles, Killers, Abba, Strokes, Raulzito, Legião Urbana, Los Hermanos.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><b><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> Junto com as discussões realizadas à respeito do funcionamento dos festivais, ainda aqui no Brasil existe a relação ruim com o ECAD. O músico João Parahyba inclusive postou uma carta aberta em um site (Scream & Yell do jornalilsta Marcelo Costa) sobre isso. Qual é a posição de vocês sobre isso? O ECAD mais atrapalha ou ajuda? Existem possíveis mudanças que poderiam melhorar essa relação?</span></b></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Pedro</b>) Não tenho muito conhecimento sobre a indústria da música, o Emir é mais preparado para responder isso. </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Emir</b>) Eu não tenho nenhum problema com o ECAD. Eles sempre me pagaram direitinho, nunca me cobraram abusivamente. Meu problema é com o Ministério da Cultura, porque eu não acredito que esse sistema de subsídios é justo, nem acho que é bom para a cultura, pois não valoriza a qualidade. Investimento inteligente é diminuir impostos para produtos artísticos, como instrumentos, equipamentos, empresas produtoras de eventos.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Mogli</b>) Nunca tivemos problemas com o ECAD.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;"><br />
<b>A banda vai sair em turnê essa semana. Vocês vão passar por onde? Tocar fora do país é algo que é objetivo do Aurélio e Seus Cometas?</b></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;"><br />
(<b>Emir</b>) Não necessariamente, embora aceitaria um convite. Eu não faço questão de tocar fora só pra impressionar o mercado brasileiro. Quero que se dane. Se a música for um sucesso em Portugal, toco em Portugal. Mas prefiro não tocar em Portugal para ninguém só pra dizer que toquei em Portugal.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Mogli</b>) Passaremos por Porto Alegre, Caxias, Londrina, Maringá, Florianópolis, Curitiba. Tocar fora do país me interessa particularmente, mas é um passo pra ser dado mais adiante.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Pedro</b>) O Emir tem o roteiro. Sem dúvida tocar no exterior é um sonho! </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: center;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> <object height="340" width="640"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/it0ZZiAH_Bg?fs=1&hl=pt_BR&rel=0&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/it0ZZiAH_Bg?fs=1&hl=pt_BR&rel=0&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="340"></embed></object></span></div><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> <br />
<b>A quantidade de bandas cantando em inglês sempre foi razoável dentro do cenário, mas parece que esse número em dois anos aumentou. Vocês já cogitaram a possibilidade de mudar o idioma das letras? É realmente mais fácil compor em inglês, ou quem sabe escreve até em mandarim?</b></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Emir</b>) <i>Risos</i>. Mandarim seria o máximo. Olha, eu tenho uma visão <i>jungiana</i> sobre composições em inglês ou em uma língua que não seja a sua: compositores inseguros. Quando o compositor tem, de alguma forma, vergonha do que ele vai dizer, ele prefere que não seja entendido. Tem uma amiga minha que compõe em francês e inglês. Uma vez eu perguntei porque ela compunha nessas línguas. Ela disse que em português tudo o que você fala soa brega. Não é verdade. O que ela fala é brega, em francês, inglês ou português. A única diferença é que a breguice não é compreendida e isso é um acalento para quem tem medo de se expôr. Mas quem não quer se expôr não pode ser artista. Quem não quer pintar o rosto não pode ser palhaço.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Pedro</b>) O inglês é uma língua muito sonora, qualquer coisa fica boa para cantar. Nós pensamos, sim, em gravar algumas coisas em inglês mas para lançar fora do Brasil. Aqui dentro, vamos de português, mesmo. </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Mogli</b>) Quando componho é tudo em português, até porque meu inglês não é dos melhores. Não tenho problemas com artistas brasileiros compondo em outra língua, mas como não é a língua natural as vezes fica uma coisa meio forçada. </span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>nota do GD3: eu acho que "deixa entrar o amor" para o refrão é muito mais sonoro e poético que "let the love come in", no contexto da canção citada</b>)</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span><b><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span></b><br />
<b><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Minha timeline no twitter sempre tem algum mini post de fãs de vocês. Como é a relação com os eles? Eles estão aumentando em número (essa é a impressão que eu tenho) e tornando-se cada vez mais ativos. Manter a vida on line da banda ativa ajuda ou é algo que não faz diferença?</span></b></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Emir</b>) Que legal! Olha, eu acho que a relação com os fãs é importante, essa proximidade é legal. Mas na verdade quem cuida do Twitter é nosso produtor, eu respondo algumas coisas pessoalmente, então não sei te dar nenhum dado sobre isso.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Pedro</b>) Estamos trabalhando duro para divulgar a banda, e cada vez mais pessoas estão curtindo nosso som. Hoje em dia, a internet é fundamental para qualquer nova banda. </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Mogli</b>) Ajuda muito. Faz com que os fãs se mantenham interessados, além do prazer de poder falar com as pessoas que criam aquele trabalho que você tanto admira. Também é uma forma de feedback que nós temos.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;"><br />
</span><br />
<div style="text-align: center;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> <object height="340" width="640"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/gEuLl_GQcb8?fs=1&hl=pt_BR&rel=0&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/gEuLl_GQcb8?fs=1&hl=pt_BR&rel=0&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="340"></embed></object></span></div><span style="font-size: small; line-height: 115%;"> <br />
<b>Depois de mudar-me para São Paulo (há seis anos), pude acompanhar de perto os shows de bandas nacionais. Sempre vejo-as lutando pra coseguir levar uma quantidade de pessoas que muitas vezes é reduzida. Inclusive com bandas que são mais famosas, o público é pequeno e nem está lá por causa do show. Eu me lembro de assistir à um show do Rafael Castro em um casa da Vila Madalena onde era como se fosse uma festa particular, em relação à quantidade de pessoas. O que falta para lotar-se casas noturnas? Falta divulgação ou existe pouca mobilização para que a cena de bandas cresça mais?</b></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Emir</b>) Acho que isso é um fenômeno mundial nas grandes cidades. Meu amigo assistiu o Mick Taylor em Londres que, olha só, foi guitarrista dos Stones, num clube com 100 pessoas. Isso, obviamente, não vai acontecer em Brighton, como não aconteceria no Guarujá, onde tem menos eventos competindo. É que em São Paulo, você vai ter no mesmo dia o Cauby Peixoto, o Sérgio Reis, o Jairzinho, a Céu, o Sepultura, o Aurélio e Seus Cometas.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Pedro</b>) São Paulo é como uma selva: sempre que você fizer um show, vai haver 10, ou 15, ou 20 bandas fazendo no mesmo dia. Então não é fácil lotar uma casa. </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;"> (<b>Mogli</b>) Essa é uma questão realmente muito interessante. O que eu posso dizer sobre esse assunto é em relação a nossa banda. Na metade de 2008 nós estavamos fazendo shows com bastante freqüência, e assim fomos conquistandos um “certo público”. Nessa época em um show com pouca divulgação, onde a atração era apenas nossa banda, iam 150 pessoas. Estavamos sempre sendo cobrados por shows. Mas acontece que em 2009 nós ficamos parados devido a viagem do Emir e do Pedro para a Inglaterra. Com isso nós perdemos uma grande parcela desse público. Resumindo, acho que a divulgação é essencial, mas se manter tocando também.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><b><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Sobre isso eu li uma entrevista do Daniel Belleza dizendo que é sempre assim, os shows não tem mais público, mas sempre que uma pessoa estiver pulando ele toca e com toda a força possível. É assim com vocês? </span></b></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Emir</b>) É por aí. Para mim não precisa estar pulando. Se tiver uma pessoa que saiu de casa para me ver, acredito que ela tem direito de ficar sentada se quiser, eu vou tocar do mesmo jeito que toquei em Salvador para 500 mil pessoas.</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Mogli</b>) Você tocar para poucas pessoas é um pouco frustrante na hora que você entra pra começar o show. Mas depois que começa acaba sendo no mínimo legal, e dependedo da energira das pessoas que ali estiverem pode se tornar algo extremamente agradável. Com certeza é muito mais interessante você tocar para 15 pessoas que curtem muito o show, do que para 100 que não curtem. Pelo jeito o Daniel também concorda com isso, (risos).....</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Pedro</b>) Sem dúvida: mesmo que o show seja para uma pessoa, tentamos tocar o nosso melhor. Mas não é fácil manter a empolgação numa casa vazia... </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;"><b> Clube dos Descontentes apesar de todo o funk, soul e power pop, tem uma letra que é puro punk. De onde surgiu a idéia? Estava todo mundo muito puto com alguma coisa?</b></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Mogli</b>) Isso ai é com o Ruivo...hahaha </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Pedro</b>) A letra é do Emir, acho melhor ele contar. </span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small; line-height: 115%;">(<b>Emir</b>) Eu estava. Foi uma má tarde que criou o primeiro verso e o refrão. O resto foi trabalhado.</span><br />
<br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span><b><span style="font-size: small; line-height: 115%;">Uma última observação:</span></b><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">Quando procurava as fotos para ilustrar a entrevista, sempre esbarrava nessas postadas. Mas nunca sabia quem era a autora das mesmas. E olha que elas estão espalhadas por muitos lugares. </span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">Acabei descobrindo que elas são de autoria de uma talentosa menina que se chama<b> LÍVIA RAMIREZ</b>. E vendo seu trabalho no flickr (os links logo abaixo), descobri que já estivemos no mesmo show da <i>Livraria da Esquina</i>. Então está aí o crédito das fotos para ela.</span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;"> </span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;">Os lugares onde você pode achar o trabalho de Lívia são:</span><br />
<span style="font-size: small; line-height: 115%;"><br />
</span><br />
<span style="font-size: large;"><a href="http://cargocollective.com/liviaramirez">http://cargocollective.com/liviaramirez</a></span></div><div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"></div><br />
<span style="font-size: large;"><a href="http://hifrank-hifrank.blogspot.com/">http://hifrank-hifrank.blogspot.com/</a></span><br />
<br />
<span style="font-size: large;"><a href="http://www.flickr.com/people/liviaramirez/">http://www.flickr.com/people/liviaramirez/</a></span><br />
<div class="MsoNormal" style="font-family: Georgia,"Times New Roman",serif;"><span style="font-size: small;"><br />
</span></div>Fabio Navarrohttp://www.blogger.com/profile/02038549309621259404noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1526046537519280018.post-80751045979560726952010-05-28T13:53:00.001-07:002010-05-31T16:49:03.633-07:00DE ALMA ABERTA<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifFDYH8Cve9AqHiqjzWMIr4NQOa9mIvGEzjnQL88ACWrECPjNkWCUAWaVjr1kjm7d6KdHBPBrw1vU-DJZmq4juAaio2WNhLu3aKeID78nPINeSvVa7MeVyLW1ZfytpGtYZR7Q08qqKW5k/s1600/l_223a548d6a7c444a8773d6a159877589.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifFDYH8Cve9AqHiqjzWMIr4NQOa9mIvGEzjnQL88ACWrECPjNkWCUAWaVjr1kjm7d6KdHBPBrw1vU-DJZmq4juAaio2WNhLu3aKeID78nPINeSvVa7MeVyLW1ZfytpGtYZR7Q08qqKW5k/s400/l_223a548d6a7c444a8773d6a159877589.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5477535417202140130" border="0" /></a><br />Conversar com bandas é uma faca sempre de oito gumes. Muitas vezes a espera de tempo faz a ansiedade ser ruminada dentro de pequenas notas de desespero velado. Outras a sensação de que alguma coisa que você fez está completamente equivocada é tão iminente que chega a ser palpável, uma chaga aberta dentro de seu peito. Não existe uma lógica, muito menos uma receita amplificada que funcione de A até o Z.<br />O que torna tudo muito mais divertido, afinal de contas conversas provêm de bocas infinitas e cheias de espírito e isso, além de transformar fonética em idéias, faz de qualquer ouvinte ou locutor algo muito maior. E isso quem lhes escreve é alguém que não possui quase nenhum traquejo social.<br />Mas quando as contrações dentro de um universo em expansão (que diminui seus espaços territoriais a cada dia) se igualam, um encontro pode proporcionar as melhores sensações possíveis. Essa tônica foi constante durante todo o processo da entrevista com a banda do Texas, <b><span style="font-weight: bold;">FATE LIONS</span></b>. Os meninos americanos cheios de poesia e acordes que são de beleza ímpar proporcionaram toneladas de coisas boas. E a impressão que se tem quando as respostas chegaram é de que já conhecíamos a banda a milhares de anos. Tanto assim que se você perguntar para esse sacripanta escritor quando eu ouvi a banda pela primeira vez, eu não saberei responder. Pois as canções do Fate Lions parecem ter nascido comigo, simplesmente estavam lá. Acordes aguardando serem descobertos para recobrirem seu peito com calma e beleza, e vamos e venhamos não é necessário mais nada.<br />Nessas linhas além da aula sobre rock proporcionada pelo guitarrista e vocalista Jason Manriquez, você vai poder entender o significado da palavra real. Uma paixão pela música e coerência em saber exatamente qual o papel da banda em um mundo que está ficando cada vez menor, tudo isso sem um pingo de egolatria. Uma banda que faz seu caminho e abre entrecantos dentro de um universo globalizado. Enquanto muita gente luta por um holofote mais forte, os Fate Lions estão aí com uma alma e coração cheios de notas musicais. Aliás, os nossos grandes produtores de shows iriam acertar em cheio trazendo a banda para o Brasil, afinal de contas não é sempre que uma entrevista é cheia de respostas brilhantes e com um senso irreparável de alma.......<br /><br /><b><span style="font-weight: bold;">Toda vez que eu vejo suas mensagens no Twitter, a primeira coisa que eu penso é que vocês gostam do bom rock and roll. Bandas como The Replacements, Alex Chilton, Yo La Tengo, Big Star e outras sempre aparece nas suas mensagens. Como elas influenciaram seu som?</span></b><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br />Sim, em todos os aspectos. </span>Niki (Niki Saukam, guitarrista)<span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"> e eu começamos a tocar juntos, em parte por causa de nossa admiração pelo <i><span style="font-style: italic;">Big Star</span></i>. <i><span style="font-style: italic;">Paul Westerberg</span></i> e <i><span style="font-style: italic;">The Replacements</span></i>, <i><span style="font-style: italic;">Teenage Fanclub</span></i>, <i><span style="font-style: italic;">The Posies</span></i>, <i><span style="font-style: italic;">Superdrag</span></i>, <i><span style="font-style: italic;">Trash Can Sinatras</span></i> são influências e todos têm defendido Big Star em algum grau. Então, realmente com exceção dos <i><span style="font-style: italic;">Beatles</span></i> eu não posso pensar em qualquer outra banda além do <i><span style="font-style: italic;">Big Star</span></i> que teve uma influência tão profunda. <i><span style="font-style: italic;">The Smiths</span></i> também foram muito importantes. Para muitas pessoas ao atravessar a adolescência, The Smiths e Morrissey são uma espécie de revelação. Um profundo sentido de descobrir algum segredo do mundo que você pode reivindicar a adesão.<br />Como alguém pode resistir ao jogo de palavras e bravatas? O melodrama na fronteira com o acampamento. É realmente o pacote completo. </span>Perfeito quando você adentra no estilo de guitarra incrível de Johnny Marr. <span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br /><i><span style="font-style: italic;"><br />Yo La Tengo</span></i>, eu descobri mais tarde. </span>Eles eram como o <i><span style="font-style: italic;">Sonic Youth</span></i> para mim. Míticos... <span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br />Eu sempre tinha ouvido falar deles por diferentes pessoas. </span>Pessoas que eu admirava e a <span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">música não me decepcionou.<br />Todas estas bandas tinham estilos muito diferentes e formas de apresentação singulares. As estruturas variadas e canções soavam diferentes, mas a sua vibração tinha um clima que ressoava no tecido conjuntivo entre a mente e o coração. Dessa forma, eles sempre representaram uma frente unida no meu pensamento com sua música.<br />Lembro-me de ser uma criança muito jovem e ouvir a coleção de discos dos meus pais. <i><span style="font-style: italic;">The Carpenters</span></i> realmente ficou preso dentro da minha cabeça. Aos cinco anos de idade eu já estava tentando entender um mundo de saudade e mágoa. Não sentir como se encaixam mesmo tendo tanto, me deixava perdido e vazio. Mas ainda assim com toda a tristeza, havia essa condução e desejo incontornável para encontrar algo de bom e bonito. Então, nossas influências clássicas realmente empurraram-nos para tentar recapturar o sentimento que temos quando ouvimos à eles. Eu acho que nós nunca imaginamos que poderíamos nos aproximar do nível de habilidade ou talento dessas bandas. É apenas um esforço para capturar algo parecido com o humor que eles compartilhavam em sua própria música e tentar passar isso para alguém disposto a ouvir a nossa música.<br /><br /><b><span style="font-weight: bold;">Ainda sobre o Twitter. </span></b></span><b><span style="font-weight: bold;">A conta de vocês no site é bem ativa. <span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">Vocês estão sempre postando algo sobre a banda ou sobre outras pessoas. </span>Você acredita que o futuro da música (como forma de arte ou de negócios) está na internet?</span></b><br /><br />Não só o futuro da música está profundamente entrelaçado com a internet de muitas formas, mas na verdade o presente, o agora da música está sendo sustentado por ela. <span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">Todas as músicas produzidas hoje que mais importam para mim, são propagadas pela web.<br />Como um artista poderia ter sua música apreciada por pessoas tão distantes fisicamente???<br /></span>É realmente surpreendente.<br />Como tudo que explode em vida e se desenvolve em um ritmo tão rápido, há uma série de inconvenientes e problemas. <span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">Há um número ainda maior de bandas e artistas lutando para serem ouvidas pelo mesmo <i><span style="font-style: italic;">pool</span></i> de ouvintes. Mas, na minha opinião, é assim que vale à pena. Criar alguma coisa em música tem muito com fazer chegar às pessoas. Se não for compartilhado, é como uma pequena chama que rapidamente irá extinguir-se da existência. Mas quando você divide com outros, eles tem a oportunidade de acender um fogo muito maior. Uma chama que vai continuar enquanto ele é compartilhado. </span>A internet faz com que certamente isso fique mais fácil. <span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">As imagens são muito agradáveis.</span><br /><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br /></span><b><span style="font-weight: bold;">Como você vê o download gratuito de música na web. Ele mata ou eleva espíritos com os sons novos?</span></b><br /><br />Essa é uma pergunta complicada. <span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">Para muitos artistas ainda é uma luta chegar a um acordo quando o assunto é oferecer suas músicas. Realmente isso já está acontecendo, mesmo que eles não queiram aceitar.<br />A</span>s vezes é porque eles se agarram ao ideal. <span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">Que sua música deveria ser um empreendimento auto-sustentável. </span>Isso é grandioso. <span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">Isso ainda acontece em certa medida, para muitas pessoas. </span>Mas a idéia de que você pode ser um rock star, vender discos e dar-se ao luxo de viver uma vida rica é uma mentira.<br />Não vale nem a pena perseguir esse propósito. <span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">O verdadeiro objetivo deve ser o dom da vida eterna através de sua música. Eu quero viver para sempre nos corações das pessoas que se conectam com a minha música.<br />Espero poder ver alguma parte deste presente antes de eu deixar esta vida. Em muitos aspectos, eu comecei a sentir os benefícios dessa experiência coletiva. Assim, com este objetivo firme em minha mente eu fico muito confortável em oferecer downloads ou qualquer outra coisa para as pessoas. Especialmente as que poderiam não ter outra maneira de ouvir a música.<br />Por que não ia querer que eles não tivessem?<br />Estou muito lisonjeado por ver que as pessoas tomam seu tempo para nos ver. Ainda mais quando eles compartilham-nos com os seus amigos e amantes. </span><br />Muitos pais gostam da nossa música também e isso é muito bom.<br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidPPGHc6hV9BGGA8yfBqawc4IzqmpZd8hhI9sNHNlJPZOBt3oTfTns2naHDt7CeDTYMWPBOl50U1as8n8Ft29azupij-HUOcm4A-I-t0E5monwlatrM1unfiE9L8Wss9RTzovo_21x9is/s1600/30584_438139494497_112565379497_5617206_7120304_n.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidPPGHc6hV9BGGA8yfBqawc4IzqmpZd8hhI9sNHNlJPZOBt3oTfTns2naHDt7CeDTYMWPBOl50U1as8n8Ft29azupij-HUOcm4A-I-t0E5monwlatrM1unfiE9L8Wss9RTzovo_21x9is/s400/30584_438139494497_112565379497_5617206_7120304_n.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5477532734300040866" border="0" /></a><br /><br /><b><span style="font-weight: bold;">Quando vocês se conheceram e como foi o começo da banda?</span></b><br /><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">Fate Lions começou porque eu tinha algumas idéias de músicas, principalmente um monte de letras e um desejo de sair e tocar para as pessoas. Eu queria ter a diversão que eu estava vendo outras bandas. Queria contato com as pessoas em um nível de espiritualidade quase tribal e fazer o rock and roll acontecer. No início havia um ruído muito forte e tocávamos os instrumentos desnecessariamente alto.<br />Mas finalmente começamos a encontrar um ritmo. </span>Niki e eu somos os únicos dois Fate Lions originais ainda no grupo. <span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">Eu vou continuar fazendo isso enquanto eu puder ou até Niki decidir que ele precisa fazer outra coisa.<br />Depois disso vou começar outra banda e encontrar novas maneiras de me conectar. Fazer música para todas as coisas tolas que as pessoas em minhas músicas dizem e fazem. A banda começou através de um par de xícaras de café. Niki foi baterista em uma banda shoegaze chamada <i><span style="font-style: italic;">Snowdonnas</span></i>. Eu sabia que ele tocava guitarra e incitei a idéia dele tentar escrever canções como Big Star e Guided By Voices, outra influência compartilhada. O nosso atual baterista, Josh Hoover estava com uma banda chamada <i><span style="font-style: italic;">The Chemistry Set</span></i>, quando o convidei para tocar bateria no disco quando fomos para o estúdio. Que gradualmente se transformou em nossa formação nos shows.<br />Nosso baixista, Tony Ferraro, tinha sua própria banda chamada <i><span style="font-style: italic;">Eaton Lake Tonics</span></i>. Ele perguntou se poderia tocar baixo com a gente. Ele já era um dos meus favoritos artistas locais e estava muito animado com a idéia dele estar na banda. O nosso membro mais recente é Drew Gabbert. Ele é um talentoso multi-instrumentista. </span>Nossos shows agora são muito energéticos e cheios de vida, assim que as estrelas alinharam-se.<br /><br /><br /><b><span style="font-weight: bold;">Em uma cena no filme dos Ramones (End Of The Century), Legs McNeil diz que todas as canções deles são puro pop americano. E em todas as músicas de Fate Lions, há uma forte impressão de rock americano poderoso. Vocês se consideram uma banda americana de rock clássica, indie rockers, power pop, ou não há adjetivo para a música?</span></b><br /><br />Qualquer tipo de rótulo, em última análise, derrota. <span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">Faz você imediatamente atraente para um grupo, enquanto ao mesmo tempo alienante para outra que possa amar a sua música.<br />Mas os rótulos são muito necessários, especialmente na internet onde você tem que se definir por gênero em partes para encaixar a sua música em sites como MySpace e Facebook. Eu sempre achei difícil escolher apenas uma definição. Em muitos aspectos, somos todas as coisas que você descreve na sua pergunta. </span>Mas também muito diferentes. <span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">E realmente eu estou bem confortável com isso. </span>Porque eu sei que o que sai é real e genuíno.<br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">Eu quero ser rock, mas eu só posso ser eu. Estamos ficando mais velhos e nossas influências são um acúmulo contínuo de experiências musicais e isso nos faz rock clássico. Quem não ama os Stones?<br />Somos indie do ponto de vista de nosso comportamento de prático e auto-suficiente. Eu não uso jeans apertado ou qualquer coisa tão assim que colocaria a banda na moda indie, como é entendido por muitos. Power pop é um apelido muito divertido e nós muitas vezes usamos para descrever o nosso som em geral. É mais inocente e menos abertamente macho do que simplesmente rock and roll. </span>Mas não estamos exatamente saltitando de alegria o suficiente para manter uma adesão estrita ao clube power pop.<br /><br /><b><span style="font-weight: bold;">Quem são suas bandas favoritas hoje em dia?</span></b><br /><br /><span><span title=""><span>Estou apaixonado por <b><span style="font-weight: bold;">Besnard Lakes</span></b> agora. </span></span><span title=""><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br /><span>Seu mais recente álbum é incrível e eu os vi aqui em Dallas, </span></span><span title=""></span><span>fiquei encantado. </span><b><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-weight: bold;"><span title="">The Flaming Lips</span></span></b><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"> é uma banda incrível, tanto musicalmente e como pessoas. </span></span><span title="">Eu realmente gostei do<b><span style="font-weight: bold;"> The National</span></b>. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="">Qualquer coisa Dan Bejar faz é ouro em minha mente. </span></span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br /></span></span><span></span><b><span style="font-weight: bold;" lang="EN-US"><span title="">Spoon</span></span></b><span><span lang="EN-US">, <b><span style="font-weight: bold;">The</span><span title=""> Whigs</span></b>, </span><b><span style="font-weight: bold;"><span title="">School</span></span></b><b><span style="font-weight: bold;"> of Seven</span></b><b><span style="font-weight: bold;"> Bells </span></b>e<b><span style="font-weight: bold;"> </span><span title="">RTB2</span></b>.<b><span style="font-weight: bold;"> <span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"></span><span title="">Deertick</span></span></b><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"> tem um som ótimo, como os <b><span style="font-weight: bold;">M's. </span></b></span><span title=""></span></span><b><span style="font-weight: bold;">Jens Lekman</span></b> e<b><span style="font-weight: bold;"> </span><span title="">Deerhoof</span></b>. <span title=""><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br /><span>Eu acho que os <b><span style="font-weight: bold;">The Antlers</span></b> têm algumas das maiores letras. </span></span><span title=""></span><span><b><span style="font-weight: bold;">Belle and Sebastian</span></b>. </span><br /><span></span><b><span style="font-weight: bold;"><span title="">Quasi</span></span></b> é uma banda grande. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="">Estou realmente gostando muito de<b><span style="font-weight: bold;"> Dean Wareham</span></b> e todos os projetos que ele faz parte. </span></span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br /><span></span><span title="">Ahh e a lista continua e continua...... </span><br /></span><span></span><span title="">Eu tenho certeza que estou esquecendo um monte de gente. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="">Eu nunca sei quem será o próximo. </span><span title="">Essa é outra grande vantagem sobre a internet. </span><span title="">Descobrir o que as pessoas estão falando e verificar por mim mesmo se essa música é para mim ou não. </span><span title="">Eu também gosto muito de gravações antigas, alguns dos artistas e performers que já não estão conosco. </span><span title="">Pessoas como <b><span style="font-weight: bold;">Townes Van Zandt</span></b>, <b><span style="font-weight: bold;">Patsy Cline</span></b>, <b><span style="font-weight: bold;">Skeeter Davis</span></b>. </span><span title="">Eu também gosto do estilo suave de <b><span style="font-weight: bold;">Françoise Hardy</span></b>.</span></span><br /><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIfipamwV8hP8dtHC_gglaUvxbacMn_Ct0jJzfdp1VTrANjkq3LxqcFtVrrZFYBFaup5vMEzYwUnCuc4Sgp57Uw06Z0Asa532WI1h363ckwVTyzCwp7pwDa5WKc8I3hxsfpiEtyYST0Fw/s1600/30584_438139479497_112565379497_5617205_538514_n.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 319px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIfipamwV8hP8dtHC_gglaUvxbacMn_Ct0jJzfdp1VTrANjkq3LxqcFtVrrZFYBFaup5vMEzYwUnCuc4Sgp57Uw06Z0Asa532WI1h363ckwVTyzCwp7pwDa5WKc8I3hxsfpiEtyYST0Fw/s400/30584_438139479497_112565379497_5617205_538514_n.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5477532874232899138" border="0" /></a><br /><br /><span><span title=""><b><span style="font-weight: bold;"><span>Existem muitas cores belas em canções como<i><span style="font-style: italic;"> Our Song</span></i> e <i><span style="font-style: italic;">Shinning Places</span></i>, por exemplo. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="">Como se essas músicas são capazes de tirar sorrisos de pessoas com raiva, mesmo que as letras sejam fortes. </span><span title="">Há uma necessidade de estar feliz para escrever canções como essas e de mau humor para fazer uma música triste? </span></span><span title="">Como isso funciona?</span></span></b></span></span><br /><br /><span><span title="I have heard of songwriters that are completely in the mood of the song when they write it."><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span>Já ouvi falar de compositores que estão completamente no clima da música quando a escrevem. </span><span title="That seems like a very exciting and equally frightening prospect to me.">Isso parece uma perspectiva muito interessante e igualmente assustadora para mim. </span><span title="Like all of us I have been touched with sadness and moments of intense depression.">Como todos nós eu fui tocado pela tristeza e momentos de depressão intensa. </span></span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br /><span>Mas mais do que sentir a impotência de não poder ajudar um amigo ou um ente querido quando eles estavam se sentindo desesperados. </span><span title="So for me it's a much more empathetic process.">Então, para mim é um processo muito mais compreensivo. </span><span title="When I'm angry or sad I'm too busy trying to change what's gone wrong or fix what's broken and don't have the opportunity to sit down and write.">Quando eu estou bravo ou triste, estou muito ocupado tentando mudar o que está errado ou consertar o que está quebrado e posso não ter a oportunidade de sentar e escrever. </span><span title="But it's in trying to understand myself and others through observation and reflection that I draw source material.">Mas é na tentativa de me entender e aos outros, assim como através da observação e da reflexão que eu tenho o que costumo chamar de material-origem para as canções. </span><br /><span></span><span title="Then it's always a struggle deciding how I will word it.">Então é sempre uma luta sobre como colocar no papel tudo isso. </span><span title="You always want the words to sound good together.">Você sempre quer que as palavras soem bem juntas. </span><span title="They need to add to the musical quality of the song and melody but they also have to evoke the imagery and mood I want to communicate.">Elas precisam aumentar a qualidade musical da canção e melodia, mas também para evocar a imaginação e o humor que eu quero comunicar. </span><span title="Some of my favorite songwriters make it seem so easy.">Alguns dos meus compositores favoritos fazem isso parecer tão fácil. </span><br /><span></span><span title="But I think that everyone labors over it to some degree.">Mas acho que todos trabalharam duro na canção em algum ponto durante a composição. </span><span title="I often spend a lot of time thinking about how deliberate and obvious a lyric needs to be.">Costumo gastar muito tempo pensando em como deliberada e evidente uma letra tem de ser. </span><br /></span><br /></span><span title="Do I just come right out and say exactly what I mean?"><span>-Será que é só eu chegar e dizer exatamente o que eu quero dizer? </span><br /><span>-</span><span title="Should I be more direct?">Devo ser mais direto?</span><br /><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"></span><br /><span title="With more difficult feelings and when the emotions are very personal it is easier to be more cryptic and symbolic."><span>Com sentimentos mais difíceis e quando as emoções são muito pessoais, é mais fácil ser mais enigmático e simbólico. </span><span title="This can be defensive when I'm about to share something very personal with a room full of people that may think that I am the most ridiculous excuse for a human being they've ever seen.">Isso pode ser defensivo quando estou prestes a compartilhar algo muito pessoal com uma sala cheia de pessoas que podem pensar que eu sou a desculpa mais ridícula para um ser humano que já viram. </span><br /></span><span></span><span title="But if I can pull it off.">Mas, se eu posso retirar esse conflito da equação, bom, </span><span title="Well that's very empowering.">isso é muito estimulante. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="I am constantly reminded of the fact that once a song is written and other people have it, the song and it's ultimate meaning is now unique to each and every person.">Estou constantemente lembrando o fato de que uma vez que a canção é escrita, e outras pessoas a possuem, a música e seu significado mais profundo é agora único para cada pessoa. </span></span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br /><span></span><span title="Dylan's 'She Belongs to Me' means something to me that is completely separate and distinct from what it might signify for you or even Dylan himself.">A canção de<b><span style="font-weight: bold;"> Dylan "Belongs to Me"</span></b> significa algo para mim que é completamente separada e distinta do que poderia significar para você ou até mesmo próprio Dylan. </span><span title="I imagine it like a meal or a painting even.">Eu imagino que seja como uma refeição ou mesmo uma pintura. </span><span title="We can agree on what we think everyone is tasting and seeing, the flavors and colors, but really we can only be sure of what we ourselves are experiencing.">Nós podemos concordar com aquilo que acho que todos estão vendo e experimentando, os sabores e cores. Mas realmente só podemos ter certeza de que nós mesmos estamos experimentando. </span><span title="Even that personal certainty is sometimes debatable.">Mesmo que certeza pessoal é por vezes discutível. </span><span title="I find it easier to write with a small beginning melody already in my mind.">Acho que é mais fácil escrever com um pequeno começo de melodia já em minha cabeça. </span><span title="The flow of words and images and how well they adhere or change that starting melody dictate everything else.">O fluxo de palavras e imagens e quão bem elas aderem ou alteraram-se a partir da melodia, é que ditam tudo. </span><br /><span></span><span title="If at any time it stops feeling good I just stop and start over with something else.">Se em algum momento isso para de ser uma sensação boa eu paro e começo com outra coisa.</span></span></span></span><br /><br /><br /><span><span title=""><b><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white; font-weight: bold;"><span>Aqui no Brasil estamos vivendo a expectativa de grandes festivais no segundo semestre do ano. </span></span><span title="">Você acha que é melhor tocar em grandes palcos?</span></b></span><br /><br /><br /><span></span></span><span><span title="">Pode ser uma exposição maravilhosa com a oportunidade de alcançar um público maior. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="">Mas você também divide o tempo do festival com várias outras bandas. </span></span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br /><span></span><span title="">Isso pode diminuir o foco das pessoas. </span><span title="">Mas é uma coisa maravilhosa estar rodeado por tantas pessoas querendo e sentindo algo próximo de uma experiência hiper-telepática. </span><span title="">Todo mundo está com a cabeça em sincronia com os mesmos sons. As pessoas</span><span title=""> deveriam viver essa experiência pelo menos uma vez na vida, se não mais. </span><span title="">Mas esses mesmos pensamentos podem ser aplicados a pequenos shows. </span></span><span title=""></span><span>As bandas só têm de trabalhar mais para fazer com que todas as pessoas sintam isso tudo.</span><br /><br /><br /><br /><span></span><b><span style="font-weight: bold;"></span><span><span title="">A banda já apareceu em lista de um blog brasileiro (Power Pop List), dos 100 melhores álbuns e EP's de 2009. Como também em sites europeus. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="">É claro que vocês tem tocado os corações do povo de cada país. </span></span><span title="">A música de todos esses lugares influencia o som da banda?</span></span></b></span><br /><br /><span></span><span><span title="">É mais fácil com a internet descobrir músicas destes lugares. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="">Seu site tem sido fundamental para me expor aos artistas brasileiros. </span><span title="">Eu nem sempre compreendo tudo, mas eu tenho um conhecimento básico de francês e espanhol e tento aplicar sempre, leio blogs da Itália ou do Brasil. </span><span title="">Espero que muitas outras bandas destes lugares diferentes entrem em contato conosco e compartilhem sua música. </span><span title="">Estou sempre com fome de novidades. </span></span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br /><span></span><span title="">O mundo está ficando cada vez menor. </span><br /></span><span title="">Esta poderia ser uma vantagem.</span></span><br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjROsEthjoFhu_yrhY8vLfTpUUtrXlMMwLKc_aFcuaKR1xyI3CbUIfbI1uU0S0p14N2-S3hxSDICq9aTxhyphenhyphenSrNjXqCr0WxKhpFz9qmqB9wmZtI-dem1mlPNUtPWAzdQD-EIfh68UFe9Sb8/s1600/6760_122971169497_112565379497_2938248_5495551_n.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 300px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjROsEthjoFhu_yrhY8vLfTpUUtrXlMMwLKc_aFcuaKR1xyI3CbUIfbI1uU0S0p14N2-S3hxSDICq9aTxhyphenhyphenSrNjXqCr0WxKhpFz9qmqB9wmZtI-dem1mlPNUtPWAzdQD-EIfh68UFe9Sb8/s400/6760_122971169497_112565379497_2938248_5495551_n.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5477532961667025682" border="0" /></a><br /><span><span title=""><br /><span></span><b><span style="font-weight: bold;"></span><span><span title="">Há muita poesia nas letras das canções. </span><span title="">Quem você gosta de ler?</span></span></b></span></span><br /><br /><span><span title=""><br /><span></span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"></span><span><span title="">Meu gosto tem variado ao longo dos anos. </span></span><span title="">Quando eu era muito jovem meu pai era muito insistente para que eu lesse Dickens e Twain. </span><span title="">Na época era difícil e não muito divertido. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="">Mas agora eles são alguns dos meus livros favoritos, especialmente Twain. </span><span title="">Seu senso de humor é muito americano. </span></span><span title="">Rude e engraçado. </span><span title="">Mas ele realmente entendia a tristeza e luta. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="">Ler Wilde foi um pré-requisito para qualquer fã de Smiths. </span><span title="">Eu gosto do que tenho lido até agora de Roberto Bolaño. </span><span title="">Eu adoro as histórias de fantasia de HP Lovecraft, Robert E Howard. </span></span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><br /><span></span><span title="">Jonathan Carroll é infinitamente inventivo e um prazer de ler. </span><span title="">Eu adoro ler biografias musicais. </span><span title="">É emocionante e comovente saber sobre a aprendizagem dos seus artistas favoritos. </span><span title="">O livro tem apenas que só tem que despertar meu interesse. </span></span><span title=""></span><span>Eu leio muito sobre a filosofia e a religião também.</span></span></span><br /><br /><span><span title=""><br /></span></span><span><span title=""><b><span style="font-weight: bold;"><span>Novamente, as letras. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="">Quando lemos as palavras como:</span></span></span></b></span></span><b><span style="font-weight: bold;"> "<i><span style="font-style: italic;">He's always alone in dance halls he's lining his eyes in pencil he's given his heart away just answering the phone</span></i>"<span><span title=""><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span> ("Ele está sempre sozinho em salões de dança, está alinhando seus olhos com lápis, ele deu seu coração apenas atendendo o telefone" (The Queen Himself)) ou</span></span></span></span><i><span style="font-style: italic;">"Living on the edge but needing answers I've got your picture on the wall above the phone in case you call too much rope I slip and tumble other voice s other rooms stay the tide from hidden moons"</span></i> <span><span title=""><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span>("Vivendo no limite, mas necessitando de respostas, eu tenho a sua foto </span><span title="">na parede acima do telefone no caso de você achar que é corda demais e eu escorregar e cair. Outras vozes outras salas, podemos suspender a maré na lua escondida "(Our Song)), podemos realmente ver um monte de imagens dos lugares e das pessoas. </span><span title="">Você acha que as músicas são feitas para levá-lo a todos esses outros lugares ou tem a ver com despertar sentimentos com imagens?</span></span></span></span></span></b><br /><br /><center><object height="505" width="853"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/RETH_ITZzRM&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&color1=0x006699&color2=0x54abd6"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/RETH_ITZzRM&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&color1=0x006699&color2=0x54abd6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="505" width="853"></embed></object><center><br /><br /><div style="text-align: left;"><span><span title=""><span>Acho que ambos. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="">Para levar o ouvinte ao lugar onde você está no coração da música e também para despertar essas sensações e emoções. </span><span title="">Eu sempre disse meio brincando que o meu único e verdadeiro objetivo é fazer alguém chorar e sorrir ao mesmo tempo. </span></span><span title="">Tenho sido levado pela música desta forma, a sensação quando o seu coração parece que vai te levantar do chão ou simplesmente rasgar livre de seu peito. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="">A música é mágica. </span></span><span title="">É a minha religião. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="">Não há outra maneira de explicar o êxtase dela.</span></span></span></span><br /><br /><br /><span><span title=""><b><span style="font-weight: bold;"><span>Quando é que vocês vêm tocar aqui no Brasil? </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="">Algum plano?</span></span></span></b></span></span><br /><br /><span><span title=""><span>Nós gostaríamos de tocar no Brasil. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="">Falamos do seu país e Espanha o tempo todo. </span><span title="">Somos totalmente auto financiados, por isso vai depender apenas das passagens aéreas. </span></span></span></span><br /><span><span title=""><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span>Mas talvez no próximo ano. </span></span></span></span><br /><span><span title=""><span title="">Depende de obter todos os detalhes e acertá-los. </span><span title="">Vou ter que descobrir com você onde são os bons lugares para tocar e como é para locomover-se de um lugar para outro. </span><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span title="">Seria muito emocionante. </span><span title="">Continuem compartilhando nossa música e isso fará nossa ida mais real.</span></span></span></span><br /><span><span title=""><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;"><span>Mas por agora, não deve ser antes disso.</span></span></span></span><br /><br /></div></center></center>Fabio Navarrohttp://www.blogger.com/profile/02038549309621259404noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526046537519280018.post-56122133365058902922010-04-14T14:33:00.000-07:002010-11-17T14:25:38.867-08:00DIRETO E RETO<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQXS3e9VeaBciYccSV0qdf_e6UJ3KSu3aTCwu7wwGRgb4qthgG_xoXbX_eSY0gR3YLzxTplan2glEgoDmnYI8bcFujmZJ23A8w9se9JiGwBHVv7cvLpol8enE1WjX-mXKCnYGPCAZzF0E/s1600/l_cf0a452d6bfb45fd8055a7dfc3c7a575PB.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5460155166439929938" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQXS3e9VeaBciYccSV0qdf_e6UJ3KSu3aTCwu7wwGRgb4qthgG_xoXbX_eSY0gR3YLzxTplan2glEgoDmnYI8bcFujmZJ23A8w9se9JiGwBHVv7cvLpol8enE1WjX-mXKCnYGPCAZzF0E/s400/l_cf0a452d6bfb45fd8055a7dfc3c7a575PB.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 400px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 300px;" /></a>Uma conversa rápida com a banda que ainda será muito mais do que apenas um novo rosto dentro do mundo indie.<br />
Os<span style="font-weight: bold;"> TWIN SISTER</span>, não gostam da maneira com que o site myspace transmite a música, são fãs de Alice Coltrane e não ligam para comparações. Mas essas posições firmes não devem ser confundidas com falta de leveza. Longe de qualquer comparação com outros sons, a banda é antes de mais nada um sopro de originalidade. As nuances absurdamente claustrofóbicas, movidas por uma beleza descomunal de vocais que não farão nada além do que você conseguir entender o significado da palavra amor. Afinal de contas como a própria vocalista Andrea Estella disse ao GD, o romance é a única coisa que ela conhece. Mais uma vez aquele grande obrigado pela revisão na tradução de Virginia Serralha<br />
O jogo rápido foi assim:<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">O ano passado um movimento anti-myspace estava acontecendo dentro do próprio site e na página de vocês existe um aviso para que as pessoas acessem o site da banda ao invés do myspace. O idéia original do espaço para as bandas se perdeu?</span><br />
<br />
Em grande parte. É realmente difícil de lidar com as mensagens dentro do myspace, e nós não gostamos da maneira como os mp3 são tocados em uma taxa de transferência tão baixa<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">O som da banda é realmente diferente da maioria da bandas atuais, sem a necessidade de aparentar ser progressivo ou um rock básico. Como vocês costumam compor as canções?</span><br />
<br />
Nós tocamos até ficarmos felizes com as canções depois paramos.<br />
<span style="font-weight: bold;"><br />
Umas das marcas da banda são os vocais de Andrea Estella, com nuances cheias de ecos de grandes trabalhos vocais femininos, que não apenas cantam mas sim usam a voz como instrumento primordial dentro da canção, como por exemplo Kate Bush. Na hora da composição isso se torna uma coisa pensada ou ela chega e coloca toda a magia?</span><br />
<br />
Andrea vem com toda a mágica<br />
<span style="color: #3333ff;"><br />
ANDREA:</span> Eu não penso à respeito do trabalhos das outras pessoas<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">Influências. Quem são?</span><br />
<br />
Nós gostamos de Alice Coltrane e Kraftwerk<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhThbW-TDMdOP_WUGTEDMW6fzysJsSTrRzzgkAfNvCia8lojFH-aptIzATjSjeD9E8VfCAj_Ul1GY3kSK80w38yXNtx9aWq9qC2048PNfmxYCrqqCqak5pIYSds-zJi_PfVsiPlUsjIujw/s1600/4122507957_49e2879a18PB.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img alt="" border="0" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5460154139859685314" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhThbW-TDMdOP_WUGTEDMW6fzysJsSTrRzzgkAfNvCia8lojFH-aptIzATjSjeD9E8VfCAj_Ul1GY3kSK80w38yXNtx9aWq9qC2048PNfmxYCrqqCqak5pIYSds-zJi_PfVsiPlUsjIujw/s400/4122507957_49e2879a18PB.jpg" style="cursor: pointer; display: block; height: 300px; margin: 0px auto 10px; text-align: center; width: 400px;" /></a><span style="font-weight: bold;">Como foi tocar esse ano no festival SXSW? Deu tempo de conhecerem outras bandas?</span><br />
<br />
Foi divertido tocar, mas não conseguimos conhecer ninguém.<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">As letras são uma das coisas que chamam atenção na banda. Uma simplicidade bonita e em sua maioria sempre sobre relacionamentos. O quanto pessoal elas são e todos da banda contribuem?</span><br />
<br />
Andrea e Eric escrevem a maioria das canções.<br />
<br />
<span style="color: #3333ff;">ANDREA: </span>Eu não leio muito, então minhas letras não são boas assim. Romance é a única coisa que eu conheço......<br />
<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">Vocês acham que 2010 será o ano em que a mistura de rock alternativo e música eletrônica vai dominar o mundo ou ainda há espaço para todos?</span><br />
<br />
Há muito espaço ainda para todos.<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">Tocar em grandes festivais ou pequenos palcos?</span><br />
<br />
Nós apenas nos apresentamos em pequenos clubes, então a nossa experiência com grandes palcos ainda é pequena. Preferimos tocar em lugares menores, então grandes festivais podem ser um problema para nós.<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">O festival Loollapalloza soltou a lista de atrações hoje (a entrevista foi feitas na semana de lançamento da lista). Muitas novas bandas, mas um line up de bandas antigas. Festivais ainda são um bom lugar para as bandas que começam ou as grandes ainda são as que mais se beneficiam?</span><br />
<br />
Nós não sabemos muita coisa sobre esse mundo.......<br />
<br />
<span style="font-weight: bold;">Planos de algum dia virem para a América do Sul?</span><br />
<br />
Nada ainda em vista, mas adoraríamos um dia tocar aí.<br />
<br />
<br />
<center><object height="385" width="640"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/ZggGhOwguD8&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&color1=0x006699&color2=0x54abd6"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/ZggGhOwguD8&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&color1=0x006699&color2=0x54abd6" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="640" height="385"></embed></object><center><br />
<br />
<br />
<br />
<br />
</center></center>Fabio Navarrohttp://www.blogger.com/profile/02038549309621259404noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526046537519280018.post-64067460603977136282010-03-22T17:08:00.000-07:002010-03-23T10:06:13.399-07:00A CAPACITÂNCIA EXPLOSIVA EM NOTAS LISERGICAMENTE OCTAEDROCUBANAS<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIL8sFs_Mc3Y_CWZ1b9OZ8sb49fDf0LKoXEdv9qOqgBfwMTAnYnAvVbvcL8lH7iXlXFqGPCwCQdCJI3hQwvmY-BL95Bn2RRS8qlpli5qW07_Her33Uj17bZoXbyKKyDuHjlbgSXVkzwb4/s1600-h/l_9d0d33d8e0cb4182922cfcf3d09ad9b7PBB.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 300px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIL8sFs_Mc3Y_CWZ1b9OZ8sb49fDf0LKoXEdv9qOqgBfwMTAnYnAvVbvcL8lH7iXlXFqGPCwCQdCJI3hQwvmY-BL95Bn2RRS8qlpli5qW07_Her33Uj17bZoXbyKKyDuHjlbgSXVkzwb4/s400/l_9d0d33d8e0cb4182922cfcf3d09ad9b7PBB.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5451647318673501074" border="0" /></a>Existem sons e existe a capacitância de energia liberada em explosões de ritmo. Essa segunda categoria pertence à algumas bandas apenas.<br />Pessoas que por saberem onde as experimentações devem ser colocadas, acompanhadas de doses lisérgicas de força octaedrocubana, são capazes de manter seus ouvidos atentos e abertos para cada nota que sai de uma corda de guitarra, baixo ou os sons de uma simples baqueta. É impossível se manter quieto, parado e impassível. Sons como esse são capazes de mover continentes que durante séculos apenas tinham como velocidade o nada.<br />Uma dessas bandas mudou-se de Perth na Austrália para Sheffield (a terra dos Arctic Monkeys), e estão gostando do que encontraram por lá. Com um disco nos planos breves dos <span style="font-weight: bold;">MONICANS</span>, parece que a banda, ainda em fase inicial está descobrindo onde seus sons podem leva-los. Se depender desse começo, provavelmente a banda ainda vai fazer explosões de sons em ouvidos não somente na Austrália ou Inglaterra.<br />O GD conversou por e-mail com o guitarrista e vocalista Paul Beard e ele contou de onde nasceu e para onde vão as explosões sonoras dos <span style="font-weight: bold;">MONICANS</span>.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Como vocês se conheceram???</span><br /><span style="font-weight: bold;">A idéia de montar um power trio foi algo que aconteceu naturalmente ou uma decisão pensada?</span><br />Começamos como um trio, por um breve período tivemos um segundo guitarrista, mas não estava dando certo, e no fim sentimos que não precisavamos de um som extra, é bom manter as coisas simples.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">O som dos Monicans me lembra as grandes bandas de rock do início dos anos 90, como por exemplo Sonic Youth e os Pixies. A impressão que eu tenho é que vocês são uma banda do documentário 1991: The Year Punk Broke (leia post sobre o filme aqui). O quanto de influência bandas como o Sonic ou os Pixies tem no som de vocês?</span><br /><br />Essas bandas tem sido uma grande influência, principalmente pra mim pessoalmente. The Year Punk Broke é um exemplo de uma ótima era na música, a melhor desde os anos 60, com uma mistura sensacional de melodia, força e experimentação que ainda não se repetiu, a não ser por uma banda estranha aqui ou ali. Muito interessante o fato de você ter escolhido esse filme como exemplo, boa escolha.<span style="font-weight: bold;"><br /><br />Falando em influências, quais as bandas da atualidade que vocês curtem?? </span><br /><br />Eu acho que a última grande banda de qualquer lugar foi o Arctic Monkeys. Tem ocorrido muitas coisas boas desde então, mas não posso falar que tiveram o mesmo impacto e eles continuam a evoluir como artistas a cada novo disco, o que toda grande banda deveria fazer.<br /><br /><span style="font-weight: bold;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy1Kncpw05FRx728FyfkhVbc8LnH5WKosVKcPFjVrXH6POwnSuy9FZVSelOMlRxy5yzpeZakY3myx7GgiGkvAh80iRNwpXmtbrGT-pD6Lof417zNHtjcxzM0hKZ_llXnSBZ7O4RQi6HQs/s1600-h/l_dc682aac91804e71aa3671d6eb1a41c9.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 267px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjy1Kncpw05FRx728FyfkhVbc8LnH5WKosVKcPFjVrXH6POwnSuy9FZVSelOMlRxy5yzpeZakY3myx7GgiGkvAh80iRNwpXmtbrGT-pD6Lof417zNHtjcxzM0hKZ_llXnSBZ7O4RQi6HQs/s400/l_dc682aac91804e71aa3671d6eb1a41c9.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5451644249413486610" border="0" /></a></span><span style="font-weight: bold;">Atualmente com o pandemônio dentro da internet e a facilidade que as pessoas tem para ouvir novas bandas, você acha difícil separar o que é bom do que não é??</span><br /><br />É de fato interessante. De um lado é muito mais fácil para as bandas serem ouvidas no mundo inteiro, mas por outro lado há muito mais bandas, o que aumenta a competição. Parece, para ser mais positivo que negativo, que 15 anos atras uma banda australiana sem contrato com gravadora, morando em Sheffield, nunca teria chegado ao Brasil sem uma grande gravadora para distribuir sua música.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Como foi a mudança de Perth para Sheffield, e porque vocês escolheram morar na Inglaterra?</span><br /><br />A mudança está sendo ótima. O melhor da Inglaterra é que muitas cidades estão localizadas em uma área razoavelmente pequena e cada cidade tem seu próprio cenário musical acontecendo, então é facil viajar por ai e tocar sem cansar o público. Essa foi uma das principais razões para a mudança. Perth é isolada na costa oeste da Austrália e viajar para outras cidades pode demorar dias de carro. Nós gostamos de Sheffield porque está bem no centro de tudo, você pode chegar a Manchester ou Londres em poucas horas. Desde que chegamos percebemos como é agitado o cenário musical por aqui.<br /><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="font-weight: bold;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHF4lWgAEACXe2teuSuFCiXGEwUljn87tyRo7mYZL31Y8egXAY7hqjgyB9C1QTbTVlZjgxf_5Jdba7R5G2pNs6EmYflZfK6U8DOJbgUMjVuvJ1U_EaGrfDHhTr6kSaUTR048NTSpkiVE8/s1600-h/l_7061fbba68c44c0c83432d6105a7e73f.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 292px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHF4lWgAEACXe2teuSuFCiXGEwUljn87tyRo7mYZL31Y8egXAY7hqjgyB9C1QTbTVlZjgxf_5Jdba7R5G2pNs6EmYflZfK6U8DOJbgUMjVuvJ1U_EaGrfDHhTr6kSaUTR048NTSpkiVE8/s400/l_7061fbba68c44c0c83432d6105a7e73f.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5451644022310191682" border="0" /></a></span></span><span style="font-weight: bold;">So Unsure é uma música épica dividida em duas partes, começando calmamente para depois se tornar uma peça de nervosos riffs de guitarra e uma baixo que me lembra algo como uma britadeira. É uma canção muito boa.</span><br /><span style="font-weight: bold;">E uma música como La, é muito mais levada para o lado do pop rock. No início com um refrão simples e no meio da estrada novamente ganha uma energia punk e uma crueza poderosa.</span><br /><span style="font-weight: bold;">Como vocês decidem o momento em que uma canção muda de algo mais sossegado para uma explosão?</span><br /><br />É o que sempre parece acontecer. Como compositor eu sempre fui atraído para o folk e o pop melody, eu acho que dar um impulso torna mais interessante, principalmente se tocado ao vivo. Nós procuramos fazer algo diferente em cada canção que criamos, e elas tendem a ficar cada vez maiores conforme fazemos os arranjos. Eu sempre achei que Horizon era um ótimo exemplo da gente se deixando levar nesse sentido.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">A Beacon tem uma sinergia lisérgica parecida com The Flaming Lips, mas com uma linha que lembra coisas feitas pelo Pink Floyd em Meedle. Vocês pensam em um dia fazer um disco onde o peso das guitarras se misturem mais intrinsicamente com sons experimentais????</span><br /><br />Nós sempre faremos experimentaçções mas nós sempre gostaremos da melodia. Eu acho que é a combinação dos dois que realmente cria uma boa música, coisa que as grandes bandas fazem muito bem, só olhar os Beatles, Nirvana, etc.<br /><br /><center><object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/HxqgJ1Vi2k4&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/HxqgJ1Vi2k4&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object><center><br /><span style="font-weight: bold;"><br /></span><div style="text-align: left;"><span style="font-weight: bold;">Vocês estão agora gravando novos singles. O disco inteiro sai quando??</span><br /></div><div style="text-align: left;"><br />Um single parece ser o melhor jeito de começar, depois do estágio da demo, é um ótimo jeito para que as pessoas escutem sem receber muita informação, então sem previsão de album ainda. Entretanto gostariamos de lançar um disco completo ainda este ano, portanto está definitivamente no horizonte.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Como vocês veêm a música atualmente?</span><br /><span style="font-weight: bold;">Você acha que o ato de baxar músicas gratuitamente pela internet está acabando com a fonte de renda das bandas??</span><br /><br />Eu acho que as bandas ainda podem ganhar dinheiro mas elas precisam agir diferente. Bandas devem estar dispostas a trabalhar por isso, o que acaba eliminando as bandas mais fracas. Eu acho que um show ao vivo faz a banda ser grande, então as bandas que podem fazer bons shows são aquelas que no final lucrarão com isso. Com a música na internet acaba se tornando um modo de subsistência. As pessoas vão pagar pelas músicas das bandas que eles mais querem ouvir, principalmente se tratando de um nivel mais local, então acho que as bandas podem se beneficiar disso.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">O som da banda fica mais poderoso a grande nas apresentações ao vivo. O que vocês preferem criar dentro od estúdio ou tocar em ao vivo???</span><br /><br />Tanto ao vivo quanto no estúdio tem seus pontos positivos, mas nada supera a adrenalina do momento de uma apresentação ao vivo. Não tem nada igual. O estúdio parece ser um lugar pra se completar a música, certas partes de muitas das nossas canções permanecem meio em aberto para ter espaço para improvisação, mas no momento da gravação elas se completam.<br /></div><br /><div style="text-align: left;">Banda boa e boa conversa, pelo final fiquem com Monicans e HORIZON:<br /></div><br /><center><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://fabionavarro.com/player.swf" id="audioplayer1" width="290" height="24"><br /><param name="movie" value="http:/fabionavarro.com/player.swf"><br /><param name="FlashVars" value="playerID=1&soundFile=http://gangrenadiario4.podomatic.com/enclosure/2010-03-03T08_58_13-08_00.mp3"><br /><param name="quality" value="high"><br /><param name="menu" value="false"><br /><param name="wmode" value="transparent"><br /></object></center><br /><br /><br /></center></center>Fabio Navarrohttp://www.blogger.com/profile/02038549309621259404noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526046537519280018.post-17499081595983493612010-03-21T18:46:00.001-07:002010-03-21T18:47:25.871-07:00GD 26......MAIS DO MESMO OU O COMEÇO DO FIM?????<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgiYulsowg_9GrlruQNUMDY3_7sDC64X0so4Un2y6dho4M71Co3qm_CuqbHP3xlLHwpOepJAtqCSY62dJbEg5y-VwaFENUt7sp9yG_oLO6kONH2Z7bl-HobbOpfMLD_V4R1BV8rToXkoqr/s1600-h/desenhos-piratas.gif"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 295px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgiYulsowg_9GrlruQNUMDY3_7sDC64X0so4Un2y6dho4M71Co3qm_CuqbHP3xlLHwpOepJAtqCSY62dJbEg5y-VwaFENUt7sp9yG_oLO6kONH2Z7bl-HobbOpfMLD_V4R1BV8rToXkoqr/s400/desenhos-piratas.gif" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5436790569531211218" border="0" /></a><br />Uma guerra silenciosa que já estava acontecendo dentro de uma nuvem binária hoje tomou formas de tormenta. Durante todo o dia de hoje o serviço do Goggle que hospeda uma grande quantidade de blogs sobre música (Blogger), retirou do ar sem mais delongas ou avisos vários sites da internet. Os sites mais afetados foram os seguintes:<br /><a href="http://poptartssucktoasted.blogspot.com/" target="_blank" title="Pop Tarts Suck Toasted">Pop Tarts Suck Toasted</a>, <a href="http://irockcleveland.blogspot.com/" target="_blank" title="I Rock Cleveland">I Rock Cleveland</a>, <a href="http://livingears.blogspot.com/" target="_blank" title="Livingears"><span class="misspell">LivingEars</span></a>, e <a href="http://itsarap-rogo.blogspot.com/" target="_blank" title="It's a Rap">It's a Rap.</a><br /><br />A maioria deles já se instalaram em outros lugares e reabriram as atividades. Mas a notícia que correu mais rápido que a chuva de hoje à tarde era talvez um fato anunciado muito antes.<br /><a href="http://www.copyright.gov/legislation/dmca.pdf">O DMCA (Digital Millennium Copyright Act),</a> é uma Instrução Normativa aprovada nos USA em 1998, pelo então atual Presidente Bill Clinton. Ela discorre sobre os direitos autorais, mostrando e especificando a responsabilidade dos prestadores de serviços virtuais pelas violações aos direitos autorais feitas pelos seus usuários. Essa Instrução Normativa foi a que supostamente foi quebrada e levou á retirada dos blogs do ar.<br /><br />Normalmente os servidores de blogs recebem reclamações sobre uso de material (nesse caso arquivos de música), então os servidores enviam uma notificação ao dono do blog dizendo que ele está violando uma lei e o escritor retira o post do ar. Mas dessa vez o Blogger sem aviso prévio simplesmente fechou os sites. Apenas depois de tomada a ação é que os donos dos blogs foram notificados e ainda assim quem tentava acessar o conteúdo normalmente recebia um aviso de que o blog ou site havia sido retirado do ar.<br />A DMCA além do óbvio texto extenso é como qualquer lei, difícil de entender e cheia de pegadinhas durante sua leitura. Mas como regras teoricamente tem de ser cumpridas, então o procedimento acabou sendo padrão e explicável.<br /><br />E aí você pergunta, o que é que eu cidadão terceiro mundista tenho com isso?????<br />Legalmente cara pálida quase nada, porque a lei não tem alcance internacional, mas como consumidor de música aí sim você ficaria impedido de ter acesso aquelas músicas que você só acha dentro desse tipo de blog.<br />Mas o problema é sempre mais embaixo.........<br />Porque em uma primeira primavera apenas os posts eram tirados do ar, mas hoje o que se viu foi um completo blogcídio levando pessoas que trabalham a cinco ou mais anos com isso a arrancarem cada fio de cabelo que ainda restava. E nem é preciso falar sobre o quanto de divulgação esse tipo de site faz com as músicas, afinal de contas bandas de que você nunca tinha ouvido falar e conseguem te tirar do estado de leishimaniose cerebral tem nesses pedaços de tela fria uma ferramenta de expansão de sua arte que é infinita.<br />E atualmente as próprias bandas fazem uso desses blogs ou até fóruns de discussão, é só lembrar (como sempre) do Radiohead que "vazou" a música nova em um desses fóruns.<br />As maiores reclamações dos blogueiros são em relação ao fato que eles já trabalham dentro da lei e quando avisados sobre a quebra dos direitos autorais, retiram os posts citados. E que quando utilizam as músicas elas estão regularizadas, e aí fica aquela famosa frase:<br />Ah tá vá lá que seja!!!!!!<br /><br />Outra coisa que é necessário lembrar é que muitas bandas hoje em dia estão mudando o jogo em relação à esse assunto, disponibilizando gratuitamente canções ou versões não gravadas. Um exemplo brazuca é a banda Garotas Suecas que através do twitter e também via e-mail, vendia com preços sensacionais um kit com EP, camiseta, adesivos e outras coisas.<br /><br />Para entender o que se passou e em que isso afeta ou não nossa vidas binárias o GD conversou com a consumidora de seriados, música e advogada Virginia Serralha:<br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">O blogcídio de hoje muda em algo a maneira como serão tratados assuntos envolvendo copyrights ou é apenas um aviso como outro qualquer????</span><br /><br />Atualmente no plano dos direitos autorais estamos presenciando um crescente rigor no cumprimento das leis existentes que tratam da questão. O fechamento dos blogs que disponibilizavam mp3 para download é mais um indício de que as autoridades internacionais competentes para fiscalizar e punir esse tipo de violação estão de fato de olho e que veremos muitas outras ações desse tipo.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">O Blogger é um provedor internacional e aqui no Brasil temos vários sites que disponibilizam música, essas retaliações podem de alguma maneira chegar aqui?</span> <span style="font-weight: bold;">A DMCA pode atingir um âmbito internacional?</span><br />Pela DMCA não, pois é uma Instrução Normativa interna dos Estados Unidos. Entretanto o Brasil é signatário de diversos Tratados Internacionais que regulam o assunto e esses sim tem alcance aos usuários brasileiros uma vez que fazem parte do nosso ordenamento jurídico. Essa situação, assim como qualquer outra de direito internacional, é extremamente delicada pois envolve a soberania nacional e intervenção de uma nação estrangeira em outra. No caso específico de hoje não vejo uma limitação aos poderes de intervenção do provedor Blogger nos outros países em que atua.<br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Isso quer dizer então que é possível o fechamento de sites aqui também???</span><br />Sim é possível. Mas a probabilidade disso acontecer é remota. Pois seria baseado exclusivamente nos Tratados Internacionais e nós brasileiros não somos conhecidos por cumpri-los, vide qualquer Tratado sobre racismo, direito da mulher, direito da criança, etc.<br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Essa retaliação de hoje é uma decisão importante no contexto da liberdade de expressão. É possível equalizar legalmente o problema da distribuição de música pelos blogs sem escapar um resquício de ditadura nas atitudes dos provedores???</span><br /><br />A liberdade de expressão não foi a vítima. Os blogs que foram retirados do ar disponibilizavam para download músicas sem autorização do autor. Isso é uma violação direta passível de punição. Acho que a solução tem que partir dos próprios blogs em não disponibilizar músicas para download, pois não há como garantir que os donos desses blogs não estão lucrando com essa atividade.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Mas então como será possível o acesso livre a diferentes informações????</span><br /><br />O acesso livre só será possível quando a concepção de obra artistica em si mudar. Hoje tem-se a concepção que qualquer obra de qualquer forma de arte é um bem móvel, que assegura direitos morais e patrimoniais ao autor.<br />Há duas doutrinas em relação ao assunto. Aqueles que concordam que a obra é do autor e ele deve gozar ilimitadamente de seus direitos, mas também aqueles que acham que obra artística é do patrimônio da humanidade a partir de sua exteriorização, e, portante, deve circular livremente. Eu particularmente concordo com a segunda, mas infelizmente somos minoria e não temos nenhum amparo legal.<br />O Código Penal Brasileiro, em consonância com a Lei de Direitos Autorais (LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998.) prevê uma punição razoavelmente severa se considerarmos a periculosidade apresentada: penas que variam de 3 meses a 4 anos de reclusão para atos de pirataria e violação de direitos autorais.<br />Mas tal concepção não se aplica apenas ao Brasil, como podemos ver pelas ações em andamento na Europa e Estados Unidos contra sites como o The Pirate Bay, Mininova, que agora só tem conteúdo autorizado, e o fechamento dos Blogs hoje.<br />Portanto eu reafirmo, enquanto a concepção de obra for de um bem móvel que constitui o patrimonio do autor exclusivamente, não teremos livre circulação de informação, conhecimento e cultura de uma forma geral.Fabio Navarrohttp://www.blogger.com/profile/02038549309621259404noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1526046537519280018.post-77050534840745744802010-03-21T18:42:00.000-07:002010-03-21T18:43:15.319-07:00GD 27 CONVERSANDO COM OS MAGOS<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB0jbSmF3h-KWYfDikeqxOCBRJJuhZQfxy1LQnvnu8xRDo_J5gipsD4GR4aRQH70nyGXttdvhscXbnaa2ArbxK3KRTyhqVkk1eLxP3IVmyk4ynWrjrKQTCM7u26kfu8oX-2LaYV52juRCO/s1600-h/bluejungle1.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 316px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB0jbSmF3h-KWYfDikeqxOCBRJJuhZQfxy1LQnvnu8xRDo_J5gipsD4GR4aRQH70nyGXttdvhscXbnaa2ArbxK3KRTyhqVkk1eLxP3IVmyk4ynWrjrKQTCM7u26kfu8oX-2LaYV52juRCO/s400/bluejungle1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440490744281801154" border="0" /></a><br /><br />Existem momentos em que a música te proporciona viagens fantasmagóricas. Como se você despencasse de um brinquedo sem freios pelo infinito, e sem os cintos de segurança muito menos o alento de um peito materno.<br />Mas ao mesmo tempo nesses momentos algo de divino invade teu lado esquerdo do peito. E essa sensação de estar vivo é aquela que te faz ter certeza de que as coisas desse mundo valem muito a pena. Isso se transmuta dentro de gestos de carinho, compaixão, gentileza e no caso dessa banda em forma de notas musicais. Do mesmo jeito que o movimento ocorrido em 2000 em Nova York, as bandas de Los Angeles estão movimentando ondas de calor vulcânico em octacuba octanagem. Seja pela proliferação ou pela qualidade do som por elas apresentadas, isso na verdade é um fator menor. O que importa é que essas bandas são capazes de te mostrar coisas que provavelmente não deixaram seu cérebro impassível. E sim fora do lugar.........<br /><br />O Blue Jungle é um desses exemplos mais claros. A mistura de latinidade e pós punk dos anos 80, faz com que nada no som dessa banda seja de fácil digestão, mas nem por isso precário em qualidade. Com notas dissonantes adicionadas à uma tremenda vontade de descobrir coisas novas e amalgamar sons com arte latina, eles fazem parte da ponta desse iceberg infernal que está surgindo pela parte americana mais conhecida pelas belas praias e bronzeados. Aqui no GD você já leu sobre eles, agora descobre através da vocalista LATELY BLU BLU o que se passa na cabeça desses seres iluminados que além da banda ainda tem uma galeria de arte ( L'KEG) onde todas sa armações ilimitadas sonoras são composta. Incluindo aí uma versão para Heroin do Velvet Underground.........<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-pLNQlVPEmvzeDqxhR94DLfNaKzi2UWsvKyYPhi1vSBpVVUXMpUFmgi-R1tEBbnzCpBjkTBrjiAVVLLdhaaEOrqosYXiTT-4ugS6fFD0T0oPez4J99WGKkZ6pwkdPNIUqGfjEvomHUZSi/s1600-h/Picture-2-772677.png"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 373px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-pLNQlVPEmvzeDqxhR94DLfNaKzi2UWsvKyYPhi1vSBpVVUXMpUFmgi-R1tEBbnzCpBjkTBrjiAVVLLdhaaEOrqosYXiTT-4ugS6fFD0T0oPez4J99WGKkZ6pwkdPNIUqGfjEvomHUZSi/s400/Picture-2-772677.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440490470447406498" border="0" /></a>A conversa do GD com eles foi assim........<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Os integrantes da banda nasceram em países diferentes de América Central. Como esta diversidade reflete em sua música?</span><br /><br />Acho nossa diversidade um fator benéfico, todos ouvimos sons diferentes, portanto permitindo que incorporássemos nossas influências, seja das inspirações musicais daquilo que nossos pais ouviam ou das músicas do passado que nós adoramos. Nos abraçamos nossas diferenças e aprendemos delas.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">O som do Blue Jungle lembra muitas das bandas do pós punk dos 80's e o começo do 90's, mas com muita originalidade. Por que a decisão escolher este tipo de "som universal", antes de usar, por exemplo, a música do próprio país? Porque na América do Sul e na América Central nós temos muitas bandas que usam sons do próprio país misturado com rock.</span><br /><br />Nós nunca queremos especificamente soar como algo nem criar algo para um gosto musical. Tudo que nós tocamos é genuinamente um som de um sentimento que nós experimentamos. Eu pessoalmente amo cantar em espanhol. Minhas memórias mais tenras da infância são de cantar em espanhol, amo muito Rachera, artista feminina, que sempre cantou de uma perspectiva masculina, mas suponho que nós cantamos em inglês porque nos comunicamos em inglês e as fofocas fazemos em espanhol. Hahaha!!!!<div><br /><span style="font-weight: bold;">Vocês têm um projeto com a galeria de arte L'KE. Como a idéia de um espaço para todas as formas de arte foi concebida? Como as diferentes formas de arte da galeria se encaixam com o som da banda? Vocês poderiam falar algo mais sobre a exposição de Rosa de Mexicalli que começa em fevereiro?</span><br /><br />O projeto da galeria L’KE foi concebido porque nós como banda queríamos um playground que não nossas casas e queríamos convidar todos para freqüentarem o espaço e principalmente expressar-se artisticamente.<br />Sinceramente, fui cansando de limpar minha casa depois de cada encontro e as vezes queria somente me esconder no meu quarto. Então surgiu a idéia de abrirmos um lugar onde eu podia fazer o que eu fazia em casa, mas pudesse ir embora sempre que quisesse.<br />Eu normalmente gosto de montar coisas e me apaixono por isso, mas também amo executar, fazer e levar todas as possibilidades à exaustão.<br />Quanto ao Blue Jungle sendo usado no som da galeria, bem isso varia muito, temos bandas que aprovamos pra fazer sons por lá e outras vezes apenas dizemos foda-se vamos abrir nossos ouvidos para alguma coisa diferente. No entanto não é preciso soar como a gente ou ter o mesmo tipo de som. É simples, nós gostamos de você e pronto e gostamos de MUITO material . A exposição acontece deve ser realmente interessante; tomaremos um “pico” de artistas do Mexicali.<br /><br /><center><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/QVHW9DpPbEI&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/QVHW9DpPbEI&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><center><br /><br /><span style="font-weight: bold;"><br /></span><div style="text-align: left;"><span style="font-weight: bold;">No site do Blue Jungle, há muitas informações sobre todas as gravações já feitas, faixas para downloads gratuitos, camisetas e todos os discos e as lojas onde as pessoas podem achar seus discos. Vocês vêem que isso como o futuro para as bandas, estarem mais envolvidos com todos os passos da indústria de música? Porque na Europa acontece um caça as bruxas real quando o assunto é downloads livres de música. Isso pode ser uma solução? </span><br /><br />Não sei qual será a direção para onde a música vai, mas como o artista, às vezes você não tem controle sobre downloads.<br />E downloads são uma coisa louca e é igualmente viciante e nem sempre errado, mas outros podem discutir comigo e argumentar o contrário.<br />Eu como artista adoro fornecer aos fãs coisas livres, material inédito todas essas coisas. Porque quando eu gosto da música, não me apaixono apenas pelo som, mas também pelo artista. Pode soar terrível, mas se não posso encaixar a parte visual de tudo com o som eu não me interesso.<br />As soluções?<br />Bem, posso sugerir algumas mas deixarei isso aos cientistas do rock e feiticeiros.<br /></div><br /><span style="font-weight: bold;"><span style="font-weight: bold;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7w_j_F0eQ1mhN27_Jjsm0HLYvkggllYZpqY7OErt1j8IOWzJGgF3nPLY2p18_Bs_JXlf98xNyCpG0JtvnouROsIcy9gn_1k9D3AplmeCVgYD69vBieBYZwjmUb8jmDm29fUZd_-Ga5OF9/s1600-h/Blue+JunglePB.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 322px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7w_j_F0eQ1mhN27_Jjsm0HLYvkggllYZpqY7OErt1j8IOWzJGgF3nPLY2p18_Bs_JXlf98xNyCpG0JtvnouROsIcy9gn_1k9D3AplmeCVgYD69vBieBYZwjmUb8jmDm29fUZd_-Ga5OF9/s400/Blue+JunglePB.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5440491384397299234" border="0" /></a></span></span><span style="font-weight: bold;"><br /></span><div style="text-align: left;"><span style="font-weight: bold;">Vocês realmente farão uma cover de Heroin do Velvet Underground? O que vocês normalmente escutam?</span></div><div style="text-align: left;"><span></span><b><br /></b>Sim, nós já temos a música pronta.<br />Escutamos uma quantidade enorme de gêneros diferentes. Eu constantemente procuro músicas novas e pergunto aos meus amigos sobre coisas novas.<br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Vocês têm planos de tocar na América do Sul? </span><br /><br />Sim, nós queremos muito tocar na América do Sul em um futuro próximo, talvez logo que o novo álbum for lançado.<br /><br /></div><br /><br /><br /><center><object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/PhCt3Mm6abI&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/PhCt3Mm6abI&hl=pt_BR&fs=1&rel=0&color1=0x3a3a3a&color2=0x999999" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><center><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></center></center></center></center></div>Fabio Navarrohttp://www.blogger.com/profile/02038549309621259404noreply@blogger.com0